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Mostrando postagens de dezembro, 2008

2009, minha estrela dançarina

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Quando 2007 chegou ao fim, eu achei meio injusto imaginar que 2008 pudesse ser melhor. Será que não seria um exagero? Afinal, o ano tinha sido tão intenso, tão feliz que parecia impossível que 2008 pudesse ser ainda mais. Mesmo o que foi sofrido teve seu propósito e acrescentou um bocado de maturidade e discernimento à minha vida. Mas, aí, chegou 2008 e, dia-a-dia, eu prestei atenção. Aprendi com tanta gente o tempo todo que a impressão que me dá é que vivi 10 anos em 1: 2008 termina hoje com um saldo gigantemente positivo e nobre. Conquistei, cultivei, entristeci, chorei, reinventei. Aprendi a brigar, soltei a voz, consolei, respondi (ainda falta aprender a perguntar mais). Redescobri uma paixão: escrever! E escrevi muito, o ano inteiro. Sobretudo, foi um ano em que amei. Amei de verdade, do fundo do meu coração minha família, reencontrei uma parte dela, e amei, e cada amigo de maneira diferente, com a singularidade que cada um possui. Amei meu trabalho, meus projetos e meu caminho.

A Cesar o que é de Cesar

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Era uma vez um homem que plantava espinhos. Um dia, olhando a plantação do vizinho, ele percebeu que seu vizinho colhia flores e revoltou-se, pois ele só colhia os espinhos que plantava. Viveu anos revoltando-se por isso, e continuava colhendo espinhos, sem entender porquê. Certa manhã, esse homem, pela primeira vez, sentiu vontade de colher flores também. Entretanto, ainda cultivando espinhos, só espinhos conseguia colher. Ele não conseguia enxergar que para ver crescer flores em suas terras era necessário arrancar os espinhos e, em seu lugar, plantar as sementes da flor que ele queria ver desabrochar. Sempre aparecia alguém tentando fazê-lo entender essa lógica, mas o homem era um pouco cego e surdo e só via e ouvia o que lhe fosse conveniente. Assim, esse homem foi vivendo, ora sangrando os dedos com os espinhos que cultivava, ora sangrando outrem com eles, até que foi ficando cansado e todos ao seu redor também. Ainda não se sabe o final dessa história, mas todo mundo torce para qu

Noite feliz

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Todo mundo que acompanha esse blog sabe que eu sou budista, praticante mesmo, questionadora da vida e dos rótulos que costumamos dar às coisas. Mas, como amante do amor como único instrumento poderoso de transformação, eu não poderia deixar de falar sobre a noite de hoje: é Natal. Por tudo que se possa dizer da data (que virou comércio, que mal é lembrada com o sentimento puro de nascimento do menino Jesus e etc), o Natal me comove como centelha da fé humana. A história do menino simples que despertou para o amor e sua condição de salvador (que, by the way, todos nós possuímos) irradia ternura e alegria pelas ruas desse mundão tão dolorido pelo esquecimento do homem. A noite de hoje, mesmo aos que não crêem, é sinônimo de família, de abraço afetuoso, de desejo de paz entre as nações, de reflexão. Dizia eu, ainda há pouco, que a verdadeira fé não separa nem distingue, tampouco posso orgulhar-me de respeitar as religiões que não pratico. Ressaltar tal respeito seria o mesmo que admitir q

Nossos homens queridos

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Alguns conceitos estão tão arraigados na nossa maneira de viver que nem nos damos conta das mudanças que vão lentamente tomando espaço na nossa cultura. Interessante que, quando a TV ou as revistas comentam as transformações comportamentais, a gente acha interessante, concorda até, mas, demora para identificá-las na própria vida. Essa ficha me caiu recentemente, esses dias. Amplamente se fala da mulher independente, autora, mantenedora, que vem conquistando espaços cada vez maiores no mercado de trabalho e na condução do país. Na via paralela, os Fantásticos da vida comentam sobre o novo homem, mais participativo na educação dos filhos, presente nas tarefas de casa, etc. Mas, quantas de nós já reconheceu esse comportamento dentro de casa ou entre os amigos? Eu mesma escrevi outro dia neste blog sobre isso, considerando que as coisas permaneciam como no tempo da vovó. O engraçado é que eu, particularmente, tenho a maior sorte em relações aos homens da minha vida (namorado, irmãos, prim

Delicadeza e alguma paciência

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Não acredito na vida "em paz" de quem vive o meio do mato, ou na solidão do Tibet. Viver em sociedade é o maior desafio de quem verdadeiramente pretende ser uma pessoa melhor, pois exige respeito não só nos confrontos, mas, pricinpalmente nas miudezas do dia-a-dia. E viver bem, além desse respeito, requer cuidado e uma boa dose de delicadeza. Nesse quesito, tratar o outro como gostamos de ser tratado é fácil e faz toda a diferença. Da minha parte, alguns detalhes costumam pesar muito no julgamento que faço do outro (eu sei, não deveria, mas é mais forte do que eu). Aqui, a idéia de levantar dicas sobre esse assunto é mais um pedido do que propriamente síndrome de Danusa: parece que o mundo ficou mais "sem noção" depois do advento internet e celular e atentar para a nova etiqueta pode ajudar um bocado as convivências. Se alguém quiser completar, é só escrever: responder e-mail: gente, respondam, respondam sempre, nem que seja apenas com um "ok"! Uma das coi

Presente para o ano inteiro

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Uma amiga veio me visitar hoje - despedida de ano é assim, a gente fica com vontade de ver todos os amigos como se dissesse "obrigada pela amizade por mais esse ano, sinto saudade, gosto tanto de você que preciso te dar um abraço" (às vezes não dá, o que me faz sentir muito). Mas, a minha amiga chegou tão quebradinha, tão chateada com um problema, que o abraço foi mais de desabafo, para só depois, então, tornar-se abraço de alívio. E eu fiquei pensando em todas as coisas pelas quais a vi passar, por quantas mais ela passará, por tudo que cada um de nós vive, tantas gotas todos os dias até virar mar transbordando, caindo em destino. § Como budista, destino é coisa estranha pra mim. Desde que Sakyamuni entendeu a vida ele fala sobre carma, lei de causa e efeito. O raio é que a gente logo pensa que carma é coisa sofrida, que merece ser paga com dor e sacrifício, assim como o destino é sempre uma fatalidade. Carma, na visão do Buda, é o conjunto de efeitos bons e maus, que tende

Filhos cósmicos

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Eu não sou astróloga, nem nada. O que conheço de cada signo é mais por observar e pelo pouco que estudei muito en passant num curso de Gnose que fiz há milhares de anos. Muito além da brincadeira que se lê nos jornais e revistas, eu acredito, sim, em combinações astrológicas. Ué, se a lua interfere nas marés, que dirá na gente, que é feito de 70% de água e muda de humor como se estala os dedos. Genericamente falando, dá para desenhar o perfil de cada signo, inclusive físico. Guardando as diferenças de tudo o que os astros permitem (como ascendente, signo lunar, equilíbrio dos elementos no mapa astral - água, terra, água e ar), dizem também que, em todo signo, tem a turma que está mais evoluída (com as características nobres mais ressaltadas) e a galera que bate mais a cabeça (caindo mais nos "defeitos" do que nas qualidades). Que me perdoem os que não concordarem com as descrições abaixo, é só uma farra para desanuviar a mente e, de novo, aqui tem só o meu próprio olhar e e

Linda Maitê

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"Quando criança, Maitê Proença nunca foi elogiada por sua beleza. Os pais, intelectuais, não falavam sobre frivolidades em casa. “Só percebi que esse negócio de ser bonita era importante quando cheguei no Rio e virei atriz”, conta a paulista. A atriz, que também virou apresentadora e escritora, lança segunda-feira, na Livraria Argumento, do Leblon, seu segundo livro: “Uma Vida Inventada — Memórias Trocadas e Outras Histórias”, romance com tintas autobiográficas em que duas personagens narram histórias separadas que se tocam e se confundem. “Quero esse jogo de pistas falsas. Se fizesse biografia clássica, não falaria sobre determinados assuntos, por pudor, por discrição”, diz. Com franqueza desconcertante, Maitê conta no livro aventuras pelo mundo — ela conhece mais de 60 países. Também dramas como o do pai, que matou a mãe dela num crime passional: “Eu tinha 12 anos quando minha mãe morreu e o mundo se desfez. Meu pai, que a matou no auge de um ódio pelo amor que sentia, foi cuida

Day by day, through the years

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Já faz um tempo que eu venho pensando sobre alguns chavões que se repetem a respeito do amor. Algumas frases vem se somando, e engraçado como a gente atrai aquilo que pensa mesmo, e aí pensa mais, atrai mais e vai se formando aquele círculo até que se ponha pra fora, pra romper e pensar em outra coisa. Pois bem, cresci ouvindo "o amor é cego" e "quem ama o feio bonito lhe parece". Outro dia, numa chamada do Brothers & Sisters, uma frase de efeito: quem você ama pode ser quem você menos conhece . Sinceramente, eu não acredito em nada disso. Não acho que o amor seja cego, nem que a gente distorce quem o outro é por conta de amar. Só é possível amar de verdade se a gente conhece, senão não é amor, é paixonite, ou, pior: dependência da grossa. É impossível que eu e o outro nos enganemos sem dar pista alguma de quem realmente somos ou queremos (por enganar eu quero dizer dourar a pílula, mostrar ser uma coisa que não é, enfeitar, e não trair ou maquinar maldosamente)

Abraçar o mundo começa pelas próprias pernas

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Uma das grandes maravilhas de fazer aniversário é que, a cada ano, a gente melhora. Verdade. Tem um coisa que acalma no peito, mesmo na mais deliciosa euforia ou quando o sofrimento chega. Acho que Shakespeare, ao dizer "isso também passará", queria justamente falar sobre viver o presente, porque tudo passa, sim, não porque as coisas acabem, mas, e principalmente, porque elas acontecem. Essa garantia de viver, dia após dia, hora a hora, construindo, renovando, lapidando mesmo, é um prazer que não se experimenta na ansiedade de quem vive fora do momento presente. Sabe aquela história de uma coisa de cada vez? Pois é, funciona. Eu tenho reparado que sempre que eu me dedico "concentradamente" a cada pedaço do meu tempo, além da coisa fluir bem e de maneira objetiva, eu produzo mais e melhor. Por pedaço de tempo quero dizer tudo o que eu preciso e quero fazer: orar, trabalhar, namorar, conversar com as pessoas, dormir. Parece que eu começo a entender o que é dedicação e

Lembranças do caminho de volta

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Eu escrevi esse post há alguns dias, entretanto, colhendo os benefícios da tecnologia Google, quando ele for publicado eu estarei longe deste computador, sentindo saudade das minhas casas (essa da vila e a do coração do meu querido). Sempre que viajo percebo o quanto gosto dos meus lugares: minha cidade, meu quarto, minha cozinha. Adoro minhas gavetas, tudo ali, guardadinho para quando eu precisar. Já repararam que em nenhuma viagem nossas coisas ficam acomodadas como em casa? Lembro que quando vivi em Boston, depois da saudade das pessoas, o que mais eu sentia falta era do calor do Brasil (esse ar quentinho sempre, acho que isso é aconchego). O Brasil inteiro tinha virado meu lar enquanto eu estava fora. Nem precisa ficar tanto tempo ausente, basta alguns dias para que reencontrar as pessoas na volta dê a sensação de encontrá-las, de novo, como se fosse a primeira vez. Tem emoção, vivacidade, coragem. Engraçado isso, mas a saudade tem esse dom mesmo: provoca rejuvenescimento nas relaç

Gema em lapidação, foi assim

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Reflexos, azulados e brilhantes e a folha branca do papel já amassado sob os meus braços dos asterismos de tua gema resultam os raios coadjuvantes do teu colo à noite protagonistas dos teus sonhos e desejos nome escolhido, com certeza herdado testemunho a transformação a gema lapidada em jóia, me arvoro ourives, me pretendo parte e sou apenas o reflexo da luz azul que ilumina minhas folhas corindon é tua raiz, tal qual a minha tua cor azulada é detalhe, somos frutos da mesma pedra ser fruto de pedra é testemunhar a história antes da História... de um lado vermelho, de um lado rubido outro azul, do outro safira nada nos cabe melhor, meu amor, nada. ( RB )

Pedaços de amor

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Watching you I'm wanting you everytime My soul seemed locked in darkeness But you brought me the light If I only knew how to do how to become part of you Sometimes, I get so lost in my mind and if I want some peace I run straight to your arms and see you leaving me is the hardest pain I can feel You go like the sun setting down Always vanish with a smile And if I ever run, I'll never have the strength to go very far how could I survive without you near me, to heal up my heart? How i wish it never ends How I wish you never run away And as I find in you my reason to beI love you more day after day But should this time ever come I hope to see you fading away With the smile you gave me once Girl you got me going insane Girl you got me going insane... ¨ Seja minha, minha sombra feita de coqueiros, corrente e brisa marinha solidão que acaba em mim sozinho minha imagem refletida Num espelho d'águas mansas e macias copa de árvore onde eu faça um ninho Min'alma cantante meu corp