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Mostrando postagens de abril, 2010

Os magos do castelo

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Quando a gente não quer mais uma coisa, ela deixa nosso nível de vida. Tudo uma questão de escolha mesmo ;) Os Cegos Do Castelo (Nando Reis) Eu não quero mais mentir Usar espinhos que só causam dor Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu Dos cegos do castelo me despeço e vou A pé até encontrar Um caminho, o lugar Pro que eu sou Eu não quero mais dormir De olhos abertos me esquenta o sol Eu não espero que um revólver venha explodir Na minha testa se anunciou A pé a fé devagar Foge o destino do azar Que restou E se você puder me olhar E se você quiser me achar E se você trouxer o seu lar Eu vou cuidar, eu cuidarei dele Eu vou cuidar Do seu jardim Eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele Eu vou cuidar Eu cuidarei do seu jantar Do céu e do mar, e de você e de mim

Império de Acácia

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Nasci tímida, me soltei um pouco depois, vesti máscara de moderninha, voltei careta, mergulhada em tradições e não entendi mais quem eu era. Me julguei "boa e simples", me descobri arrogante e egoísta, pra compreender depois que a Acácia era uma mulher taurina-teimosa que só ia parar de tentar se conhecer quando isso acontecesse de fato. Conheci o desespero para depois encontrar a gratidão. Vivi a solidão desse mundo pra entender a união e me alegrar com ela. Mergulhei incontáveis vezes no marasmo para aprender a cultivar a novidade sem dispensar a disciplina. Fui. Voltei. Fui e voltei milhares de vezes, mas o retorno era, e é, sempre novo, melhor e mais fortalecedor. Amadureci um tantinho, mas guardei uma porção criança - infantil e chata às vezes, encantadora e curiosa em outras - descoberta pelo homem com quem vivo hoje, de olhar atento e coração entregue. É, tem coisa na vida que a gente descobre e luta para vencer sozinho, mas há outras que só com o convívio é possível d

O amor é quando a gente mora um no outro

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Isso tudo é Mário Quintana:) OS DEGRAUS Não desças os degraus do sonho Para não despertar os monstros. Não subas aos sótãos - onde Os deuses, por trás das suas máscaras, Ocultam o próprio enigma. Não desças, não subas, fica. O mistério está é na tua vida! E é um sonho louco este nosso mundo... PRESENÇA É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas, teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento das horas ponha um frêmito em teus cabelos... É preciso que a tua ausência trescale sutilmente, no ar, a trevo machucado, as folhas de alecrim desde há muito guardadas não se sabe por quem nalgum móvel antigo... Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela e respirar-te, azul e luminosa, no ar. É preciso a saudade para eu sentir como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida... Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista que nunca te pareces com o teu retrato... E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te. CANÇÃO DO AMOR IMPREVISTO Eu sou um homem fechado. O

Músculo cardíaco

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Quanto tempo não ando por aqui, saudade! Inspiração não me falta, o que tem faltado é um pouco mais de disciplina, aquela coisa que prezo e preciso tanto, mas que mantenho sob rigorosa atenção pra não perdê-la demais. Deixei escapar um montão de assunto bom nas últimas semanas, fiquei me sentindo em débito com esse meu canto. Coisa de quem é viciado mesmo :) Uma coisa que falei ontem, entretanto, ficou martelando o pensamento e resolvi parar tudo para escrever sobre: músculo. Eu falava sobre o músculo da ação, da coragem, aquele que na saída da inércia ainda está fraco e frágil, fica dolorido, mas que, treinado, ganha todo dia um pouco mais de força. O contexto da conversa permitia essa analogia e ficou até bem claro. Mas, depois, eu parei pra pensar sobre outro músculo que precisa de igual treinamento: o cardíaco. A gente vira adolescente sem saber lidar com o 1º amor e vai se virando assim até vários outros entrarem e saírem da nossa vida. Se apaixona, vibra, sofre, chora, se arrepen