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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Despedidas

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Toda despedida é triste. Algumas menos, quando é temporária, uma viagem que passa logo, a certeza da volta. Outras doloridas, como essa da canção que recebi. Chorei "como se a dor fosse minha também". Despedida "Quando você chorou eu chorei Como se a dor fosse minha também Você quis parar e eu escutei e quando fugiu eu tentei entender Quando me pediu eu mudei, como me aceitava eu fiquei Não tava em teu mundo e por isso eu sofri Mas quando te procurei me perdi Por que foi que eu me perdi...? Aonde eu vivia você não E onde eu voava você era o chão Você caminhava era em meu coração Como não me escutava eu gritei Assim você ouviu a minha voz mas não entendeu a dor em mim Era tudo tão perfeito pra você que me achei errado e me calei Por que foi que eu me calei...? Por que nunca ouviste a tua voz? Por que se esconder tanto de você? Eu sei bem os erros que eu cometi Mas podia obrigar-te a me querer Nunca fui capaz de te dizer o porque e o quanto eu te amei Eu sei que me afastei

Sapos, príncipes e homens

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Ontem estive num evento de trabalho como outros tantos a que costumo ir. A diferença foi que, assim que bati os olhos numa figura, pensei: conheço o tipo. Eu sei, é péssimo julgar assim, mas eu realmente acredito que o corpo tem linguagem e que a postura e o desenho genético que herdamos falam por si só. Fiquei, então, pensando nos tipos de homens que existem, tentando, mais ou menos como se faz com os signos, identificar sinais em cada um deles. Me sinto meio vilã fazendo isso, até porque eu aqui não farei o mesmo com as mulheres (sim, nós também somos transparentes). Mas, é fato que enxerguei alguns traços e me dei toda a permissão do mundo para falhar, confundir, embaralhar e, quem sabe, acertar. Começando pelo mais primitivo, tem o homem hétero que não gosta de mulher. Esse é o macho, típico mulherengo, que nem se dá ao trabalho de conquistar, por isso gosta de mulheres fáceis (as que não dão trabalho). Esse sujeito gosta de sexo e pronto. Na hora de conversar e se divertir prefere

Eternos

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É engraçado olhar a vida como quem assiste a um filme. Olhar a nossa, olhar a de quem se ama, olhar ao redor. Em todas as pessoas e coisas a gente enxerga amor e tempo, e tudo o mais que permeia essas duas fontes de permanente desafio, inclusive o perdão (!) e a liberdade. Há qualquer outra coisa mais intrigante do que essas duas? Toda alegria e sofrimento, todo encanto, toda experiência, tudo que se aprende, tudo que se abala, de onde se nasce, quando se morre. Dizem que o tempo cura tudo, e, quando se fala assim, certamente se fala da chaga de um amor perdido (um filho que se foi antes dos pais, pais que se foram cedo demais, irmãos levados acidentalmente, um coração partido). Não sei se o tempo cura todas as feridas mesmo. Acho que cura às vezes, em outras anestesia. O fato é que o tempo sempre traz uma curiosa sensação de superação ou, para aqueles que não superam, a eterna amargura do arrependimento. Ontem conheci um trecho do Tocaia Grande, de Jorge Amado, que diz: "Ai, meu

Beijomeliga

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http://www.youtube.com/watch?v=oFLysouG86I Faz quase 10 dias que eu não ando por aqui. Saí do ritmo, me atrapalhei com horários, compromissos além da conta, novidades todo dia. Para uma taurina convicta como eu, mudança demais é confusão na certa: se não for programada com a antecedência confortável, eu fico assim: perdida! Mas, acho até que tenho me saído bem, apesar dos atropelos aqui e ali. No final das contas, tenho sorte e gente boa por perto e um universo inteiro indo comigo. Tudo muda, né? Estaria eu na contramão se ficasse parada. Eu até compartilhei muita coisa com alguns amigos, o que é uma senhora novidade pra mim também. Fui lá, falei, me deixei exposta, prontinha para escutar a opinião do outro. Ouvi de tudo: desde "legal" até "hum, sei não", passando por avaliações mais profundas e definitivamente interessadas. Acho que quando a gente está seguro das escolhas que faz e, principalmente, ciente dos porquês e das consequências (e toma consciência de como

Voa e aceita

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Falava eu outro dia sobre aceitação dentro de um contexto bem específico. O engraçado foi que, só então, entendi quanta coisa eu própria havia assimilado sem fazer uso desse termo. Acho que quando a gente usa "aceitação" tem medo de parecer resignado "e puro" demais. Mas, não é assim, não. Quando alguma coisa se resolve bem e honestamente, a gente nem se preocupa em rotular. A coisa vai banhando como aquele Frascati que a minha amiga Gil adora e me ensinou a gostar também: devagar, lentamente e, quando a gente vê, já está embriagada do jeito mais gostoso que existe. É a embriaguês feliz, leve, de quem não tem obrigações depois do almoço e pode continuar ali com as amigas, bebendo, conversando, rindo. Aceitar serve para um monte de coisas: aceitar o tempo que passa e a gente não dá conta de tudo mesmo, aceitar a pinta no ombro, o cabelo com mais ou menos volume, as dificuldades, o jeito de ser (que é muito bom quase sempre), o ritmo diferente, o olhar. Aceitar também