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Mostrando postagens de janeiro, 2010

Coisas da vida II

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Estava aqui, esperando para ser atendida, pensando em algumas coisas boas que vi hoje. Em plena época de Haiti e mortos pelas enchentes em SP, foi bom reparar nas pequenas coisas boas que ainda temos nessa vida. No posto de gasolina, um dos funcionários entrou na loja de conveniência, pediu uma Coca e dois pães-de-queijo. Foi levar a um morador de rua que dormia por ali. Acordou-o com jeito e entregou o "café-da-manhã". Assim mesmo: com jeito. Uma primavera completamente pink e carregadíssima, caindo pelo muro de uma casa amarela, tirou meu fôlego. Quase fui lá, pedir uma muda, mas lembrei que tenho uma em casa. Só falta crescer :) Uma senhora foi grosseira com uma moça desconhecida no elevador. A moça foi gentil com ela. É, tem gente que não se rende mesmo, e acaba ensinando alguma coisa a quem deveria saber mais do que ela. Numa troca de emails, um amigo me chamou de "mala". Eu morri de rir. Fazia um tempão que alguém não me "xingava" assim, tão espontân

E o resto?

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Estou exausta depois do Campus Party. Por isso, aproveitando que dei uma lida no pocket da Martha Medeiros, resolvi publicar uma de suas crônicas, estou cansada demais para elaborar qualquer coisa profunda. O livro inteiro parece comigo e meus olhos se emocionaram diversas vezes. Outras vezes, lendo, me senti balançar a cabeça como quem diz "eu sei...". Bom, segue abaixo "Todo o resto", saído de Coisas da Vida (exclui um trechinho aqui outro acolá, só pra ficar mais objetivo). Enjoy ;) " 'Existe o certo, o errado e todo o resto.' Esta é uma frase dita pelo ator Daniel Oliveira representando Cazuza, em conversa com o pai, numa cena qualquer que, ao meu ver, resume o espírito do filme. Certo e errado são convenções que se confirmam com meio dúzia de atitudes. Certo é ser gentil, respeitar os mais velhos, seguir uma dieta balanceada, dormir 8 horas por dia, morrer bem velho e com o dever cumprido. Errado é dar calote, repetir de ano, beber de mais, fumar,

Against the wind

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Não pensei em mim, não, quando ouvi essa música hoje. Lembrei de todos nós que nos iludimos ou nos perdemos um dia, ou de vez em quando, achando que o que nos faz felizes está sempre no impossível. E saimos procurando, indo para cada vez mais longe. Até entender que precisamos voltar. Beijos (o link está aí, ó) Against The Wind Bob Seger It seems like yesterday but it was long ago Jane was lovely, she was the queen of my nights There in the darkness with the radio, playing low And the secrets that we shared the mountains that we moved Caught like a wildfire out of control till there was nothing left to burn and nothing left to prove And I remember what she said to me How she swore that it never would end I remember how she held me, oh so tight Wish I didn't know now what I didn't know then Against the wind We were running against the wind We were young and strong We were running against the wind And the years rolled slowly past And I found myself alone Surrounded by strangers I

Corpo nosso de cada dia

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Estou cá criando coragem para sair, enquanto assisto Three Rivers. O seriado é ótimo por diversos motivos, mas o engraçado é que cenas médicas nunca foram meu forte, nem quando o bonitão Clooney iluminava E.R. O fato é que, além das histórias e fundo de cena serem muito bons, ouvir palavras como "afastador", "contraste" e "serra cirúrgica" me lembrou que eu conheço um tantinho desse mundo e que muita coisa que se aplica à cura do nosso corpo também se aplica à cura da nossa alma. Acredito que o corpo só padece daquilo que a gente não resolve ou não entende, não aceita ou nutre mágoa. Certas doenças são razoavelmente fáceis de serem identificadas com a causa. Outras, nem é bom pensar. Não é pra toda verdade que a gente tá preparado, né? De toda forma, li e guardo dois livros muito bons sobre a relação mente/corpo: A doença como caminho e Porque adoecemos (esse traz explicações doença por doença). Tem um outro muito bom também, que explica o quanto o intesti

Apaixonado e leve

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Entendi porque gosto tanto desse vídeo. Além da música ser linda, linda, linda (letra e tudo), há um olhar apaixonado, tranquilo e feliz o tempo inteiro. E uma alegria também, misturada com leveza. Amo de paixão. Halo (o link está no título) Beyoncé Composição: Bogart E. Kidd / Beyonce Knowles / Ryan Tedder Remember those walls I built Well, baby they're tumbling down And they didn't even put up a fight They didn't even make up a sound I found a way to let you in But I never really had a doubt Standing in the light of your halo I got my angel now It's like I've been awakened Every rule I had you breaking It's the risk that I'm taking I ain't never gonna shut you out Everywhere I'm looking now I'm surrounded by your embrace Baby I can see your halo You know you're my saving grace You're everything I need and more It's written all over your face Baby I can feel your halo Pray it won't fade away Do your halo halo halo I can see your

Menos a cada dia

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Regras são importantes para a convivência social, pessoal, familiar. Isso é inquestionável. Se todo mundo fizer só aquilo que lhe convém (como acontece com o homem e o uso dos recursos naturais), o caos se instaura (basta dar uma espiada de leve nos avisos que o planeta vem dando consistentemente). Gosto particularmente das regras tranquilas a que nos colocamos: elas são fruto do conhecimento sobre nós mesmos, dos nossos limites, dos nossos objetivos. Aqui, regra pode ser chamada de disciplina, consciência do que é bom para si e para o outro com quem se convive. Mas, existe uma porção de regras que me incomodam e das quais gostaria de me libertar (e trabalho para): são as regras nascidas do medo do julgamento, de uma vergonha que a gente cria, de um limite convencionado pelo olhar alheio. A gente não gosta de ser tachado de brega, nem de tolo, ingênuo ou todas as outras coisas que se diz de alguém que vai lá e se expõe. Um amigo perguntou no Facebook se ele estava louco ou se, de fato,

Auto-ajuda

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Ando meio confusa para escrever e com pouco tempo, mas não sem assunto. Estou abismada com a velocidade do tempo e, especialmente, com as catástrofes do mundo. Parece que a tragédia de Angra aconteceu somente há algumas semanas? Parece que foi há séculos diante todas as outras calamidades que vieram na sequência. Agora, o Haiti. E eu conversava com uma amiga hoje sobre essa ajuda ao próximo e, correndo o risco de ir na contramão dessa comoção toda, eu disse a ela que é fácil socorrer o outro. Todos nós, de alguma forma, ajudamos alguém todos os dias. Acredito que a maioria de nós seja de natureza boa, por isso, quando a gente sorri pra alguém, ouve o problema de um amigo ou conhecido (e o brasileiro é campeão nisso), ajuda o menino no farol, etc, isso é ajuda. Ajudamos o tempo inteiro, sem nem mesmo nos darmos conta disso. O difícil mesmo é a gente SE ajudar. Ouvir, aceitar, compreender a si mesmo com o mesmo coração aberto que a gente tem quando vê alguém sofrendo é uma missão quase i

Borbulha em mim

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Preciso tomar cuidado com as palavras, hoje mais do que nunca. Não porque meu blog tem sido lido mais nem comentado mais, mas porque a história do termostato começa a fazer sentido de fato e eu queria explicar isso direito, e não me acho capaz, não sei como explicar. No final do ano, no meio das festas em família, comentei com meu primo que eu precisava de um... um o quê mesmo? Não soube dizer pra ele, mas ele me entendeu, disse que acontecia com ele também. Eu não falava de pessoas, nem coisas, nem de trabalho. Eu falava de um grito, uma motivação, aquele olhar faminto em busca de algo, ou de tudo. Interesse! De uma certa forma, eu vivi meio assim a vida toda, com alguns intervalos maravilhosos, claro, porque ninguém é de ferro. Isso não é ingratidão, nem falta de senso de felicidade. E também não tem nada a ver com X, Y ou Z. Isso tem a ver com um ritmo meu, só meu, que eu quero (e vou) mudar. A minha essência é mais lânguida, disso eu não duvido e não quero alterá-la. Eu falo daquil

Metamorfose ambulante

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Há uns bons 5 anos, eu comentava com minha amiga Sílvia que eu sentia, naquela época, que a minha vida estava no limite entre duas temperaturas de um termostato. Sabe quando vc está na função "aquecer" do forninho quase a ponto de passar para a função "assar/tostar"? E foi o que, de fato, aconteceu: pouco tempo depois dessa sensação chegar e me trazer a certeza de um fim para outro começo, eu girei no termostato. Minha vida mudou, não por fora, por dentro. A mudança de fora foi só consequência. Claro que essa mudança não foi repentina, nenhuma é. A mudança é nutrida, todos os dias um pouco, até que a vida se desdobra, abre quase como uma flor mesmo. Foi o processo que transformou, apesar da gente sempre se assustar como se fosse tudo inesperado. Eu estou com essa sensação de novo. Estou ali, tremendo entre o aquecer e o assar/tostar. Não sei o que é, nem como será, mas, com certeza andei plantando um tanto que lateja para existir de fato. Engraçado que ontem comente

Um dia depois do outro

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Uma amiga querida me escreveu hoje que estava decepcionada com 2010. Ela havia plantado grandes própositos em 2009 e, por não vê-los realizados, frustou seu coração. Disse que não havia sentido o "click", que se sentia amuada, sem graça. Eu respondi a ela que tivesse paciência consigo mesma, que a vida não tem prazo de validade e que na sinceridade sempre tem espaço para a confiança. Que ela confiasse, portante. Disse a ela também que a gente põe expectativa demais nesse tal click e nem espera o destino vingar com tudo aquilo que tem de melhor a ser cumprido. Foi a segunda vez que ouvi essa história de "click" e, outra vez, me pus a pensar sobre a vida e sobre quão angustiados somos capazes de ser: queremos a paisagem no tempo que desenhamos, e nos entristecemos e questionamos, choramos, esquecemos, nos abandonamos quando o relógio diz "ainda não". Nos sentimos feridos, não sentimos piedade nem paciência. Somos cruéis conosco. Desconfiamos da vida. Demor

O sagrado que nos mantém

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Hoje recebi o email de uma leitora do blog que me emocionou sobremaneira. Acho que, de todas as mensagens que recebo através dos meus textos, essa foi a que mais me tocou. Ela dizia (vou chamá-la de Lu) que estava decidida a se separar do marido e começar o ano sozinha, pois há muito tempo eles não compartilhavam mais nada e ele não atendia a nenhuma expectativa dela. Aí, navegando, leu meu texto "As lições do amor" e alguma coisa a tocou profundamente e a fez rever sua decisão. Ela termina me agradecendo. Ora... eu é que agradeço por ter "participado" de uma (re)união. Mesmo. O dia seguiu, eu recebi outro email lindo, apaixonado, de alguém importante demais na minha vida. E fiquei pensando, claro, no quão sagrados são os nossos sentimentos. Eles têm força, né? São puros, verdadeiros. A gente chora por querer ser feliz. A gente sente o coração apertar, doer às vezes. A gente se culpa, se arrepende, se enche de esperança. Tudo porque quer ser feliz, amar e ser amado.

Tesão

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Fui criança quieta e tímida e ainda sou (hoje menos, é verdade, mas ainda sou, sim). Me lembro de ouvir a minha mãe dizer pra eu falar um palavrão, de vez em quando, pra aliviar o estresse ou alguma dor. Nunca segui esse conselho e hoje me arrependo bastante, acho que teria sido útil em alguns momentos e talvez tivesse feito de mim uma pessoa mais solta. Tesão era palavrão até bem pouco tempo atrás e, por isso, usá-la como título do meu post é um avanção. É que eu descobri que não existe palavra melhor e mais perfeita do que essa para exprimir esse mais do que desejo, essa volúpia, esse desconcentramento de tudo em virtude de uma única vontade. Tesão é a motivação da vida, o eros que nos mantém acesos e com disposição, é a razão de querer ser feliz, é ser feliz. Tesão é mais do que paixão. Paixão acaba, paixão pode ser enrustida, paixão tem objeto. Tesão, não. Tesão é da gente, é impulso, energia que a gente não controla. É o que une, reune, não deixa ir embora, atrai. Resgata. Relem

Me arrebata, Edward Cullen

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Há alguns dias assisti a entrevista da Oprah com de Stephenie Meyer, autora de Crepúsculo. Confesso que não tive lá muito interesse no filme, mas, depois disso, ouvi tantos comentários sobre o filme que fiquei curiosa. Hoje, o Telecine exibiu e peguei desde o comecinho. Acabou de acabar e eu estou suspirando há 2 horas. Fiquei apaixonada, com inveja, "agoniada" (if you know what I mean) e com saudades desse amor e da entrega que a gente é capaz quando ama assim. Foi bom pra começar 2010, nessa sexta-feira com cara de domingo à noite, com a ressaca cansada dos dias cheios de festa. Foi bom pra começar 2010, sim. O coração ficou muito cheio cheio ;) Feliz ano novo a todos. Feliz, alegre e apaixonado.