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Mostrando postagens de janeiro, 2009

Paixão

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" A perseverança não é uma longa corrida; ela é muitas corridas curtas, uma depois da outra ." (Charles W. Elliot) http://www.youtube.com/watch?v=9WrsjPObp7E&NR=1 http://www.youtube.com/watch?v=XrShkJAEpuQ&NR=1 Não importa por qual, apaixone-se. http://www.youtube.com/watch?v=JB49FHuR_rQ

Sincera incapacidade

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Achei graça na minha tia, outro dia. Diz que ela entrou, nesse ano, no módulo sinceridade afiada, assim meio tolerância zero. Não que ela não fosse sincera até 31 de dezembro de 2008, mas, acho que antes, como todo mundo, minha tia ponderava um tiquinho mais na tentativa de evitar um "climão". Eu ri quando ela foi irônica comigo a respeito de uma bobagem. Na casa da família, os "causos" estão ficando famosos. Às vezes, eu também tenho vontade de eliminar meu sensor, baixar um pouco essa tendência a pensar demais antes de falar, dizer mais "não gosto, não quero, fiquei decepcionada, estou com raiva, você precisa mudar isso e aquilo, tem que praticar atividade física, cuidar da vida, você é medroso, mentiu, me sinto ludibriada", e por aí vai. Acho que olho tanto para as minhas próprias deficiências que não ouso julgar alguém, pelo menos, não de maneira assim, tão enfática, invasiva (que mania, sempre penso que estou invadindo quando falo do outro). Pode ser

Os critérios do amor

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Para variar, ontem eu ouvi uma conversa entre duas senhorinhas com, mais ou menos, 70 anos cada. Uma coisa fofa, ambas com namorados conquistados depois da viuvez, coisa de 3, 4 anos atrás. O que me chamou a atenção foi o discurso de que só agora amam de verdade, são soltas, generosas e recebem amor e generosidade de volta. Diziam elas que as obrigações da vida de casada (imaginem um casamento na geração delas) acabavam com a alegria e a liberdade que elas gostariam de ter tido. Uma delas disse, inclusive, que seu maior sonho era almoçar fora, nem que fosse numa lanchonete, e que o ex-marido nunca a havia levado! Agora, turistas de plantão, passeiam por aí com os amigos e respectivos namorados, vão a Natal, Porto Alegre, bailes, moram junto com doçura e paixão. Descobriram a felicidade no amor, tiveram critério na escolha pois não tinham mais a obrigatoriedade social. Na época delas, já se ficava pra titia aos 22 anos. O mundo girou, os casamentos acontecem por motivos que não a cobran

Extreme ironing

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A idéia é levar a tábua de passar e umas roupas para o lugar mais maluco possível - o topo de uma montanha, o fundo do mar, uma caverna, etc - e passar o ferro. O esporte nasceu na Inglaterra em 1997. * Era só o que faltava...

Maravilhosa gratidão

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Ontem eu ouvi a história de um menino que aos três anos de idade fez um transplante de coração. José, hoje, tem 9 anos e tem plena consciência da gratidão eterna que guardará a quem lhe doou o órgão mais importante do seu corpo. Entretanto, mesmo sendo grato a um estranho, é provável que José não se lembre de agradecer aos seus pais por terem eles lutado por sua vida, procurado ajuda, acreditarem na doação, ficarem na fila do transplante, torcido, alimentarem-no, amado-o todos os dias. Talvez ele ache que seus pais fizeram o que tinha que ser feito, era natural, quase uma obrigação. A verdade é que cada fralda trocada quando bebê, o leite, a luz que clareava (e clareia) o quarto de José, a roupa, tudo é motivo de gratidão. Infelizmente, pode ser que ao crescer ele se esqueça inclusive do coração doado. Pode ser que ele seja como a maioria de nós que olha mais para aquilo que não tem do que para aquilo que tem. Pode ser que José, ao entrar na adolescência, comece a prestar mais atenção

Por plagas alheias

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Na última segunda-feira encontrei uma ex-colega de trabalho. Ela em outra empresa, eu também, mas ambas ainda no mesmo segmento. Passei pelo orkut para deixar um alô, gostei de revê-la. Não é que achei uma mensagem belíssima no perfil dela? Perguntei de quem é, é de um amigo, ainda não sei o nome. Segue um trecho abaixo, achei forte, achei preciso. "Tudo caminha, menos eu" parece injusto, mas impressiona, não é assim que parece de vez em quando? Vou ficar devendo o nome dele, mas não esquecerei do crédito devido assim que souber... " Meu tempo é o tempo das fotografias. Instantes aprisionados que ganham apenas o movimento dos slides, indo-vindo-acendendo-apagando. Projetam-se em mim como sombras, que penso ser minha verdadeira realidade, mas logo vejo que são apenas projeções, resto do que já foi e que não retorna. É impossível retroceder o fluxo dos rios. Não quero ser um amanhã previsível, não quero ser o ontem. Quero o instante, quero, quero sim. E que ele venha dilac

Fogueirinha

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Essa vida é mesmo engraçada. Cheia de contradições e diferenças, o jeito é mesmo relaxar de vez em quando para não padecer de tristeza, revolta ou tédio. Estive hoje no SPFW, aquele marzão de discrepâncias com o mundo cotidiano e até mesmo com a vida da maioria das pessoas que circulam por lá. No meu terceiro ano de trabalho pelas salas e panelinhas do evento, confesso que testemunho algumas melhoras e mais profissionalismo, mas sempre saio de lá com a sensação de que "hã? o que, quando, como?". Ainda bem que tem as assessorias que nos alimentam de normalidade, a maioria das meninas são bacanas, simples, recebem super-bem. Aí, a gente entra aqui e ali, atravessa o backstage com um baita segurança na porta pronto pra barrar "qualquer um". Vem alguém e diz, cheio de si, "é imprensa" e o armário de 1,90m te deixa passar. Desgosto desse passaporte, linguagem de pequeno poder que não combina comigo nem com meu jeito de dizer "obrigada". A maioria não

E aí, princeso...?

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M-u-i-t-o b-o-a a última propaganda da Kaiser... "ê lá em casa"... http://www.youtube.com/watch?v=RiRaEWrxafI Uma graça também a da Havaianas: "nossa, que formosura, imagine isso na minha humilde residência..." http://www.youtube.com/watch?v=q-6UIrdEDR4 Pérolas: Existem mulheres que se conquista com carinho e outras com um sorriso, mas para todas as outras existe Master Card! ¨ Se quer conhecer uma mulher case-se. Se quer conhecer profundamente, separe-se. Mulher é igual a Tsunami: quando vem é aquela onda. Quando vai leva casa, carro, dinheiro... O cachorro não, por favor benzinho... Casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido. Um homem prevenido vale por dois... Um homem rico, de carro e bem vestido, então... Deus me livre. Nunca confie num homem que diz que em casa manda ele. Provavelmente ele também mente sobre outras coisas. Ô lá em casa...

Really?

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Outro dia, no final da nossa reunião semanal de Budismo aqui na minha casa, nossa amiga Ana soltou uma pérola. Ela leu em algum lugar que "a gente tem medo do que conhece". Confesso que aquilo caiu pra mim com uma perplexidade gigante. É tão óbvio que me envergonhei de ter acreditado naquele lenga-lenga de que tememos o desconhecido. De fato, uma criança só deixa de se jogar depois que cai ou quando um adulto amedronta demais. Fiquei pensando em quantos amores não foram sequer tentados pela lembrança da dor de uma separação. E em quantas novas oportunidades de trabalho foram desperdiçadas porque "e se não der certo? melhor segurar esse empreguinho mesmo do correr o risco de ficar desempregado". A idéia de passar pelo aperto de novo, com certeza, evitou até um salário melhor. Que dirá, então, o medo da solidão: na certa, ele já foi o mantenedor de muitas convivências indesejadas, mas só porque já foi companhia dolorosa em algum momento. Eu adoro quando eu inverto o p

Olhos de Makiguti

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O trecho abaixo pertence a um livro chamado Jinsei Chirigaku (Geografia da Vida Humana), escrito em 1903 pelo educador Tsunessaburo Makiguti, antes do mesmo converter-se ao Budismo e fundar a Soka Gakkai. Reparem que, lá naquele então, ele já falava de uma coisa que virou moda apenas recentemente: a globalização e seu efeito dominó. "Sou de um vilarejo pobre de Arahama, localizado ao norte do Japão. Um homem comum que passou a metade da vida procurando suprir as necessidades diárias e dar uma pequena contribuição ao mundo. Contudo, quando penso nas coisas ao meu redor, fico admirado com a variedade de lugares, de origem desses objetos que afetam minha vida. Por exemplo, uma peça de lã que me envolve foi originalmente produzida na América do Sul ou na Austrália e processada por trabalhadores na Inglaterra com a utilização de carvão e ferro extraidos dali. Meus sapatos têm solas feitas do couro fabricado nos Estados Unidos, e o resto do calçado é de couro da Índia. Sobre minha escr

De volta pra casa

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"Estou de volta pro meu aconchego Trazendo na mala bastante saudade Querendo um sorriso sincero, um abraço, Para aliviar meu cansaço E toda essa minha vontade Que bom, Poder estar contigo de novo, Roçando o teu corpo e beijando você, Prá mim tu és a estrela mais linda Seus olhos me prendem, fascinam, A paz que eu gosto de ter. É duro, ficar sem você Vez em quando Parece que falta um pedaço de mim Me alegro na hora de regressar Parece que eu vou mergulhar Na felicidade sem fim" (Dominguinhos - Nando Cordel)

Surpresa na barriga

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Minha querida amiga Lucília me contou hoje que está grávida. Feliz da vida, coisa mais fofa desse mundo! E, ainda por cima, ficou feliz por mim: temos a mesma idade, se ela engravidou, eu também posso (olha a lógica da criatura... rs). Mas, mais do que achar graça no raciocínio dela e no quão fartamente ela ficou feliz por essa possibilidade que se abre para "nós", eu fiquei emocionada por aquela barriga. Eu conheço a Lu há alguns anos, ela já namorava há um tempão, aí casou e queria muito esse filho. É tão mais feliz quando é assim. Durante as minhas férias, eu conheci algumas histórias tristes de mulheres que vão cedendo seu corpo à vontade (ou descaso) de homens que, literalmente, deitam e rolam naquela vida. Conheci uma menina de 24 anos, mãe do segundo filho, de pai diferente do primeiro. Fiquei sabendo de outra que está no 3º, cada um de um pai. E uma delas ainda me perguntou porquê é que eu não tinha tido filhos ainda. Eu sei que fui sincera demais

Esperança

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A rua Bem sei que, muitas vezes, O único remédio é adiar tudo. É adiar a sede, a fome, a viagem, A dívida, o divertimento, O pedido de emprego, ou a própria alegria. A esperança é também uma forma De contínuo adiamento. Sei que é preciso prestigiar a esperança, numa sala de espera. Mas sei também que espera significa luta e não, apenas, Esperança sentada. Não abdicação diante da vida. A esperança Nunca é a forma burguesa, sentada e tranqüila de espera. Nunca é figura de mulher Do quadro antigo. Sentada, dando milho aos pombos. (Cassiano Ricardo - blogueiro)

Amar a dois

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"O amor durável é o que tem sempre as forças dos dois seres em equilíbrio", escreveu Balzac. A frase inteira, uma referência às mulheres que amam demais e são tiranizadas por isso, termina assim, com essa deliciosa verdade. A gente cresce com o mito de que, num relacionamento, um dos dois sempre ama mais. E torce para amar muito e ser amado mais ainda. O que acontece, então, é uma gangorra sofrida e desperdiçada de entrega e retraimento, ora de um, ora de outro. Não sei da onde tiramos que amar é sofrer. Quem leu Travessuras da Menina Má, de Mario Vargas Llosa, sabe do que eu estou falando. Como foi sofrido e eterno o amor de Ricardito pela sua Odília! E ela, coitada, ora se deixando amar por ele, ora amargurada por outro, num vai-e-vem desonesto com o coração solitário, morreu sem nunca ter sido feliz de fato. Woody Allen, em Vicky Cristina, traz outra reflexão: é possível um amor ser intenso sem ser maldito? Tranquilidade no amor é sinônimo de fadiga? Pois é: por medo de um

Paz possível

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" A paz mundial não deve ser tarefa de um único homem, de um único partido ou de uma única nação. (...) Deve ser uma paz sustentada por esforços cooperados do mundo inteiro ." Essa frase é de Franklin Roosevelt, ex-presidente americano e um dos fundadores das Nações Unidas. "Esforços cooperados do mundo inteiro", claro, todo mundo sabe, todo mundo repete. "Uma andorinha só não faz verão", "pequenas gotas formam o oceano", "a união faz a força", "todo o bocadinho acrescenta, disse o rato. E fez xixi no mar". Frases como essas estão na boca do povo quando o assunto é um mundo melhor. Mas, sabe o incrível? No dia-a-dia, a gente vive esquecido disso. Eu fiquei impressionadíssima quando ouvi, outro dia, de uma pessoa que admiro muito, que fazer trabalho voluntário é coisa para aliviar a consciência. Oras, mas se 1 + 1 não se juntarem, como alcancarão o 3? E não é o trabalho silencioso de melhorar a vida de algumas pessoas, mesmo qu

De onde vim, para onde vou

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Casa igual a nossa não há. Pode faltar uma coisa aqui e outra acolá, poderia bater mais sol pela manhã, será que dá pra trocar a fiação?, o quintal é pequeno, etc, etc. Mas, ainda assim, estar nesse espaço que tem a nossa cara e jeito é a maior sensação de segurança que se pode ter. Essa é a força do lar. No meu caso, então, nem me fale: caseira de doer, adoro essas paredes, a conta da luz, as mesas, os quadros, minhas gavetas, o quarto. Aqui tem memória para onde quer que eu olhe. Tudo respira por mim, e as cores gritam perguntando por onde andei. Por isso é que eu estranho a sensação que trago desde ontem: saudade de outro e distante lar. Passei dias na casa da minha mãe e não é que eu nunca tenha estado lá antes, não. Mas, é a primeira vez que volto como se eu deixasse uma parte minha num lugar que também é meu. Saudade do amor de mãe não preciso dizer como é, nem conseguiria, eu sei que vocês conhecem a sensação. Palavra alguma revelaria o acalanto de ter alguém que cuida da gente