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Mostrando postagens de maio, 2011

Um fim é sempre um recomeço

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Uma amiga muito querida me procurou hoje numa tristeza que me cortou o coração. Separada há alguns dias do seu amado, ela não sabe o que fazer para superar. Eu, e todo mundo desse planeta, já passou por essa dor. Acho que é por isso que dói tanto na gente quando alguém que a gente gosta sofre dessa perda. Logo de cara, quando acontece, a perda do amor é sempre incompreensível. Por que, como assim, tão de repente??? A gente pensa, chora e nunca entende, nunca. E vai lá falar com o outro, tentar dizer que "mas, mas..." e nada. Ver o outro irredutível é a morte, não dá, simplesmente não dá para compreender. Não há nada que alguém diga nesse comecinho de fim que possa aliviar ou trazer esperança. Não se pode ser leviano e dizer "isso passa", nem leviano duplo e garantir que "ele voltará". Até porque, "ele voltar" nem sempre é o melhor, nem sempre será mais feliz. Aliás, se posso dizer alguma coisa é: algo muito desconfortável para ambos já es

Nem tanto isso, nem tanto aquilo

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Outro dia, durante uma conversa, um amigo comentou que precisava se deixar levar mais pela emoção do que pela razão. Ele contou que, há anos, racionalizar tudo foi a maneira que ele encontrou para garantir menos sofrimento. A gente pensa mesmo assim, né? Acha que a emoção é a causadora de toda dor e a razão nos protegerá. Essa guerra antiga entre nossos dois hemisférios cerebrais é uma falácia, na verdade. Não há nada que alivie uma dor. No máxima ela será somatizada, e, quem sabe, virando uma cistite ou pressão alta a gente consiga prestar atenção nela. E, longe de ser também uma vilã aos olhos dos hippies da alma, a razão é uma questão de saúde emocional a quem tem a mínima intenção de compreender o que dispara uma angústia. Identificar, analiticamente, a fonte do que nos machuca pode não resolvê-la, mas traz à luz o medo que, desconhecido, é invencível. Quanto a emoção, coitada, sozinha ela é uma perdição: de energia, de tempo, de confiança. Ninguém 100% entregue só aos desat