"Agente, prefiro mais, pelo omenos" e outras dores
Gente, que me perdoem os mais desatentos, mas se tem uma coisa que me dá alergia e está ficando cada vez mais difícil suportar são os "enganos" com a nossa língua portuguesa. É tanto desmazelo que fico preocupada mesmo com o futuro dos nossos livros.
Uma pessoa simples, que não tenha estudado, eu entendo, juro: acho honesto que não saiba falar ou escrever direito. Mas, vamos ser bem francos, gente "estudada", até "de nível superior", usando o nosso bom e lindo português sem a menor noção, é de matar!
É um tal de "que nem" (é o menos agressivo), "agente" (assim mesmo: tudo junto), "enstruída", "pelo omenos" (ai, ai), "ecessão" (pela mãe do guarda!), "fazem cinco anos", "pra mim fazer"... olha, é tanta coisa que dá dor de cabeça! Onde foi que esse povo viu isso escrito? Não viu, né? Aí é que está o problema: falta leitura.
Parece óbvio dizer isso, mas, sim, só lendo é que se aprende a escrever. Ler coisa boa mesmo, mas já ajuda começar com Caprichos e afins. Caras, a essa altura do campeonato (e se encontrarem algum texto com mais de 50 linhas), vale também. Afinal, essas revistinhas pertencem a editoras que prezam pela revisão.
O fato é que se faz urgente encostar a cabeça em qualquer lugar (travesseiro, vagão de trem, cadeira de recepção de consultório, bicicleta ergométrica, ônibus, espreguiçadeira de piscina) e prestar atenção ao texto de bons escritores. Por que é que é tão difícil assim? Tem histórias fantásticas, doces, incrivelmente alienadoras, capazes de nos acalmar e levar para outros mundos.
O último livro que li foi "A sombra do vento", de Carlos Ruiz Zafón, e, quando terminei, fiquei com vontade de começar tudo de novo. Foram 400 páginas de tempo esquecido, problema esquecido, barulho esquecido. Era um sorriso aqui, uma emoção acolá, uma lembrança macia, um encontro de sentimentos entre eu e o autor. É incrível, mas a gente encontra muita coisa parecida nos corações humanos. Pois é, além de ensinar a escrever direito, de nos enriquecer a cultura, a boa leitura nos enriquece a alma.
Faço aqui um apelo aos que acham chato qualquer coisa que tenha mais do que 3 linhas: rendam-se ao charme e ao feitiço da boa palavra, façam sorrir os ouvidos de outrem com "s" quando plural, com menos "mim faz", com uma gramática feliz e Chico Buarque também.
E, aí, constataremos o que já dizia nosso trovador do samba, Cartola, "em pouco tempo não serás mais o que és". Pois, "como consolo e promessa de um mundo melhor, resta-nos a arte. Que a música de Cartola nos proteja" (Pontocom Poesia).
Uma pessoa simples, que não tenha estudado, eu entendo, juro: acho honesto que não saiba falar ou escrever direito. Mas, vamos ser bem francos, gente "estudada", até "de nível superior", usando o nosso bom e lindo português sem a menor noção, é de matar!
É um tal de "que nem" (é o menos agressivo), "agente" (assim mesmo: tudo junto), "enstruída", "pelo omenos" (ai, ai), "ecessão" (pela mãe do guarda!), "fazem cinco anos", "pra mim fazer"... olha, é tanta coisa que dá dor de cabeça! Onde foi que esse povo viu isso escrito? Não viu, né? Aí é que está o problema: falta leitura.
Parece óbvio dizer isso, mas, sim, só lendo é que se aprende a escrever. Ler coisa boa mesmo, mas já ajuda começar com Caprichos e afins. Caras, a essa altura do campeonato (e se encontrarem algum texto com mais de 50 linhas), vale também. Afinal, essas revistinhas pertencem a editoras que prezam pela revisão.
O fato é que se faz urgente encostar a cabeça em qualquer lugar (travesseiro, vagão de trem, cadeira de recepção de consultório, bicicleta ergométrica, ônibus, espreguiçadeira de piscina) e prestar atenção ao texto de bons escritores. Por que é que é tão difícil assim? Tem histórias fantásticas, doces, incrivelmente alienadoras, capazes de nos acalmar e levar para outros mundos.
O último livro que li foi "A sombra do vento", de Carlos Ruiz Zafón, e, quando terminei, fiquei com vontade de começar tudo de novo. Foram 400 páginas de tempo esquecido, problema esquecido, barulho esquecido. Era um sorriso aqui, uma emoção acolá, uma lembrança macia, um encontro de sentimentos entre eu e o autor. É incrível, mas a gente encontra muita coisa parecida nos corações humanos. Pois é, além de ensinar a escrever direito, de nos enriquecer a cultura, a boa leitura nos enriquece a alma.
Faço aqui um apelo aos que acham chato qualquer coisa que tenha mais do que 3 linhas: rendam-se ao charme e ao feitiço da boa palavra, façam sorrir os ouvidos de outrem com "s" quando plural, com menos "mim faz", com uma gramática feliz e Chico Buarque também.
E, aí, constataremos o que já dizia nosso trovador do samba, Cartola, "em pouco tempo não serás mais o que és". Pois, "como consolo e promessa de um mundo melhor, resta-nos a arte. Que a música de Cartola nos proteja" (Pontocom Poesia).
Comentários
Sofro com esses erros grotescos da Língua Portuguesa quase que diariamente. Hoje mesmo peguei um email com o verbo estar conjugado bem assim: estavão. Afe!!! Fora quando vem "a 5 dias estou esperando..." Gente, é com h, do verbo haver. Fora os textos que de tanto explicarem fica confuso e cheio de erros de pontuação.
Nossa, realmente é terrível ver bizarrices em nosso idioma. E o pior: tem gente estudada escrevendo errado, não são só os menos preparados. É isso aí Acácia! Gostei desse post seu, pq realmente as pessoas precisam ler mais e estudar mais. Tem gente que tem preguiça de ler até outdoor e placa de promoções. É fogo viu!
Bj