Só a noite é que amanhece
Só a noite é que amanhece
(Alphonsus de Guimaraens Filho)
À VONTADE
Não seja por isto, noite.
Melhor é que desças
Com toda a tua treva
E entre nós — embora ressabiados e feridos — até que poderás ficar à vontade.
Pois de qualquer modo há em ti um frêmito vôo informulado,
grande ave de asas cegas…
Somos teus, como sabes, todos te pertencemos,
constrangidos embora.
Mas não seja por isto.
A casa é tua
— como nestes domínios é hábito dizer aos amigos —
e poderás ficar à vontade.
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