Borboletas reais
Passei o dia me perguntando sobre mim mesma, no quanto quero (e preciso) mudar tanta coisa em mim, minha falta de santidade, meu excesso de humanidade (com todos os defeitos, fragilidades e possível sensibilidade imbutidos nisso). No final da tarde ouvi uma pessoa que reforçou esse sentimento, e pensei: puxa, porque não sou assim como essa mulher que me conta essa história? Cheguei perto de desejar ser outra coisa, tamanha minha introspecção.
Questionei minha naturalidade, o jeito normalmente simples, a falta de pose, o lidar com o outro igual. Não seduzo com hora marcada nem de caso pensado. Será que isso deveria mudar? Esse "salto alto" é necessário sempre, é necessário "mais"? Deveria eu mexer mais no cabelo, lançar o olhar 43 o tempo inteiro, rebolar, o quê? Fingir requinte, simular quem não sou para garantir qualquer coisa (por quanto tempo e por que mesmo?)?
Mas, aí, como anjos existem, recebi um comentário lindo no meu post "Borboletas na alma" (a gente não tem noção do bem que um comentário pode fazer a alguém, né?). Quem escreveu foi a Pamela, uma pessoa que vejo pouco, sempre a trabalho. O comentário é doce e de uma sinceridade que me desarmou, fiquei com os olhos marejados. Obrigada, Pam.
Depois disso, recebi a declaração amorosa da Ro, amiga querida, aqui em casa mesmo, e flores da Ana, rosas vermelhas lindas, e abraços e beijos (não, não é meu aniversário). Outro dia comentei também sobre o cuidado da Sílvia. O que foi, gente, vocês resolveram fazer um complô para me emocionar? Ou os deuses ouviram minhas dúvidas e resolveram responder que não, não, Acácia, existe valor em ser como você é. Tomara que tenha sido isso porque foi isso que eu entendi e foi isso que me confortou.
A gente vive num mundo vaidoso e, às vezes, eu me contamino e me julgo aquém de muita coisa. Quando isso acontece, eu preciso desse apoio todo, dessa cerca que me valida, me levanta, me recupera.
Por essas e outras tantas razões é que, de novo, só tenho a agradecer. E garantir que terei sempre o coração aberto para retribuir tudo o que recebo. Minha humanidade - aquela parte que erra, que traduz orgulho, egoísmo e mesquinhez - também tem como par a metade divina - boa, gentil, carinhosa, solidária, cheia de um amor que busca a verdade. Outro dia eu ouvi que eu sou "muito budista". Tomara ser sempre. Para isso, eu pratico todos os dias.
Eu tinha prometido escrever sobre o filme que vi ontem (Borboletas na alma - maravilhoso, by the way), mas quer mais borboletas na alma do a alegria de saber que existe um motivo em todas as coisas? E que do amanhã a gente sabe, sim, porque quem cultiva sempre sabe o que colherá? Viu? Melhorei ;)
Um beijo.
Comentários
Beijos!
Quem alcança isso, naturalmente transmite isso.
Gostei do post.
Bjo
Temos afinidades né querida! A simplicidade e honestidade com a vida é uma delas.
E vivemos cercadas de vaidade ... eita dualidade louca!
Parabéns pelo Blog! Acabei de ver que tem 3 meses que não escrevo no meu. A vida passa voando ...
Beijos!
Mesmo te conhecendo bem pouco não pude deixar de postar, sua sensibilidade realmente é fantástica.E acho que qdo fazemos um blog, nos permitidos ser vistos e assim receber críticas e elogios, mas qdo tudo favorece, principalmente num dia ruim, as coisas se tornam mais "mansas", mais leves, fáceis de carregar.
Bjs!