Adoro o virtual, mas sou real
Entrei na rede em 1996 com o UOL. Na "época", ler emails só mesmo pelo outlook, em casa, não tinha outro jeito. Pouquíssimas empresas usavam internet, webmail nem existia também. Mas, lembro que me apaixonei logo de cara, fiquei deslumbrada com a idéia.
Em 1998 fui passar uns tempos nos EUA e fiquei maluca porque o UOL não facilitava o acesso a minha caixa postal de lá. Foi quando abri uma conta no Hotmail, pra poder manter contato com o mundo de cá do jeito que eu já entendia ser bem inteligente e barato. Nos EUA a internet já era mais popular: em qualquer biblioteca o acesso era gratuito. Tinha fila pra usar e tempo cronometrado (30 minutos por usuário), mas estava valendo e muito!
De lá prá cá, minha paixão só aumentou. Além da possibilidade de conhecer um mundo de coisas, eu ainda podia ficar perto de gente querida que vivia longe (e ainda vive). Não que eu goste de trocar o real pelo virtual. Aliás, nunca acreditei (e ainda não acredito) em amores à distância, namoro virtual, sentimentos cozidos com "te amo" sem estar perto para o que der e vier, sem pegar, amizade com quem nunca se vê, não abraça, "tudo bem?" sem conteúdo. Mas, enfim, quando se trata de família e amigos vale muito a pena. Ajuda a manter o vínculo, e dá mesmo para se abrir mais facilmente, algumas vezes, já que a timidez diminui no online.
Bom, tudo isso para dizer que, além do volume de informações apaixonante, tenho vivido algumas experiências pessoais bem boas com meus blogs e outras redes sociais e está sendo uma delícia.
Um exemplo disso é que há alguns meses "conheci" uma pessoa por conta de um post que publiquei e tem sido um grato contato desde então. O mais engraçado é que o Augusto só encontrou meu post porque procurava no Google um post que ele próprio havia escrito com o meu nome (os maçons tem essa coisa com a flor de acácia mesmo).
Teve também, ontem, uma colega de trabalho que me falou: "nós temos um amigo em comum, descobri pelo Twitter". E não é que era mesmo? Trabalhei com o sujeito há anos, nem tinha mais contato, e deu para trocarmos muitas figurinhas por conta dessa teia.
Isso sem falar nas delícias que leio de gente despretenciosa que tem blog por esse mundão. A Andréia (de Portugal) tem sido a minha preferida, tão romântica e apaixonada quanto eu, ela escreve quase com o meu coração. Quanta gente alcançada, né?
Essa semana teve o encontro do Vírgula que escancarou ainda mais esse universo para o meu trabalho. Na quinta e na sexta que vem tem o Digital Age 2.0 também, mas, como tudo isso é business, eu vou contar no Transitando, passem por lá depois para conferir ;)
A vida na internet é um marzão de riquezas, tanto para o bem quanto para o mal, como tudo que tem a mão do homem. Mas, até mesmo porque vivo muito nesse mundinho, eu posso dizer: o virtual pode até levantar, mas só o real constrói e mantém. De verdade, eu acredito nisso mesmo. A gente pode achar o endereço da academia, mas dá pra ganhar condicionamento e massa muscular pela internet? Não, né? Então, o negócio é ir lá, e ao teatro, ao cinema, ao restaurante. Namorar de verdade. Viver la vida loca. Realmente loca.
Comentários
Acho que somos a prova de que pessoas diferentes podem conviver em harmonia, e até apreciarem um ao outro, rs.
Um grande beijo pra você!