Reflexões de aniversariante
Já namorei, casei, separei, namorei de novo. Nunca tive filhos e até hoje tem gente que estranha. Mas, olha, nunca tive porque, no fundo, sempre tive medo de criar um filho sozinha, como minha mãe criou 3 depois que se separou do meu pai. A mulher, na maioria das vezes, acaba ficando sozinha com essa função. Há exceções, claro, e eu conheço excelentes pais, meu irmão é um grande exemplo, até um exagero, eu diria.
O fato é que, depois que o medo se instala, fica bem difícil removê-lo. E medo, a gente sabe, é companheiro pra vida toda. A gente só aprende a desafiá-lo, dominá-lo, vencê-lo por vezes. Mas, ele sempre estará lá, esperando uma fraqueza, uma febre, uma dor.
Ficou famosa a frase que diz que não há caminho para a felicidade, que a felicidade é o próprio caminho. Se diz também que a única certeza dessa vida é que ela muda, sempre. Ainda bem. Entretanto, como boa taurina que sou, meu maior desafio é guardar alguma segurança no coração, uma certeza sequer. Para mim, felicidade não é bonança. Felicidade é paz mesmo em meio à tempestade. Isso, no Budismo, chama-se Felicidade Absoluta, muito diferente da relativa, a mesma que nos faz tão suscetíveis.
Viver é procurar, mesmo. Ir lá, conquistar, procurar de novo, criar, querer, e todos sabemos o que mais. A minha vida, a poucos dias de comemorar meu aniversário, tem se encontrado na frase que meu novo amigo do Sul escreveu: "dinheiro a gente recupera. Tempo perdido, não".
Não é hora de perder tempo. Nunca foi. Por isso, aos interessados em viver, aproximem-se. Aos demais, levantem-se. Ainda há tempo para alcançar.
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PS: Parece que temos mais uma característica em comum: o signo. Abraço!