Viva la vida
Um conhecido meu terminou um relacionamento nesse final de semana. Uma amiga minha, bem amiga dele, foi lá consolar a agora ex do moço e eu fiquei pensando nisso. Como disse Carpinejar, não há justiça na separação e, portanto, não há nada, absolutamente nada que um diga ao outro que se faça compreensível a dor da perda.
O bom (sim, existe algo bom nisso mesmo que na miopia do momento a gente não veja) é que a gente sempre volta a amar. Diferente (ainda bem), mas volta. E sempre será um amor forte e eterno como o de outrora porque o coração esquece o que passou. Pode não esquecer os vícios e acabar comentendo-os vez por outra. Mas, a dor da separação o coração sempre esquece quando começa a amar outra vez.
Eu jamais diria isso para essa moça. No recente da perda, é bem capaz que ela me atirasse duas pedras e cuspisse em mim toda a fúria do orgulho vencido. Para o coração esquecer, ou entender, ele precisa, obrigatoriamente, percorrer o caminho sozinho. É pra isso que servem as experiências: nos abastecer de alguma certeza, mesmo que temperária.
Que sejam felizes todos os corações. A vida precisa deles para continuar.
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