Tim-tim
Conversávamos hoje sobre o vinho. Faz bem mesmo à saúde? Eu disse "sim", o problema, como em todas as coisas, é a medida. Ninguém se limita a uma tacinha de vinho por noite, mas essa é a recomendação. Aí, claro, que ultrapassando esse tanto, deixará de fazer o bem e começará a prejudicar.
Eu fiquei pensando, então, na medida de tudo nessa vida. E me dei conta que, na maior parte dos meus anos, eu fui passional, fui emotiva demais, romântica, quase sempre no extremo dos meus sentimentos. Estou usando "fui", mas acho que ainda sou, só administro melhor. Tem coisa que a gente não muda, a essência é uma delas. Nunca fui muito fã dessa história de "meio". Sempre me soou meio insosso isso, meio sem vida. Em contrapartida, a ausência (oposto do excesso) é cruel, triste, nada. E, então, como faz?
Sobre tão delicada questão, eu cheguei a uma conclusão: a participação do outro na nossa vida, o tal do compartilhar é fundamental. Quando a gente está em baixa, nada mais feliz do que o outro para nos levantar, e levantar o outro quando for preciso. No momento "alto", ninguém precisa "amansar" ninguém: a vida, com seus dias seguidos e seus desafios, acaba fazendo isso.
O grande segredo é, pra mim, viver um pouquinho pra lá do meio, sentido paixão. Paixão, entrega, perda da noção e etc são fundamentais para me manter interessada, sem tédio, correspondida, correspondendo. Ao invés da correta e única tacinha todos os dias e contra a garrafa inteira, eu fico em duas taças. Inebria um pouco mais, mas não faz mal ao fígado. Apaixona, mas torna o dia seguinte possível.
Importante nisso tudo é viver emocionada, sim, mas ter a segurança da continuidade. Sou taurina, lembra? Pois é... ;)
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Bjs