Não sou meus anéis


Depois de dormir com os pés bem quentinhos nessa madrugada ge-la-dís-si-ma e tomar um café da manhã de rainha às 11 da tarde :), juntei toda a coragem do mundo para, ao invés de correr, trabalhar antes do almoço. Aí, deu uma saudade danada deste blog e passei para "me" visitar, antes de mais nada. Bom ser dona do tempo :-)

Aliás, do que mais poderia eu ser dona, a não ser de mim mesma e do meu tempo? Quantas vezes a gente fala "meu carro", "meu dinheiro", "minha, meu, minha, meu", e sequer percebe que tudo isso está, de fato, fora, fora, fora?

E olha que sou do tipo possessivo, taurina mesmo, até que as coisas foram se perdendo por si mesmas, claro, numa nítida lição de que o que me sustenta é o que eu sinto e sei de mim mesma, do que conheço e aprendo com as pessoas, com as minhas verdades e com as verdades de outros mundos que receio conhecer.

E, hoje, mesmo preservando e construindo uma vida material sustentável (afinal de contas, é preciso viver, e é gostoso viver bem), eu guardo honestamente a maior certeza da minha vida: meu maior bem é o meu coração, com todas as inseguranças, medos, dúvidas, razões, alegrias, desejos, amor, benevolências, intolerâncias que todo coração possui, mas, sobretudo, com muita disposição em ser uma pessoa melhor, uma mulher feliz. Capaz de ser feliz. De fazer feliz.

Ser dona do próprio nariz é apenas uma expressão. Talvez, o correto seria dizer que sou dona mesmo é das minhas escolhas. Isso, sim, é meu, e só a mim cabe possuir.

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