Porção povão
Não adianta, não. Por mais descolado, relaxado, intectualizado e sei lá eu o quê mais, o fato é que a gente, vira e mexe, escorrega na nossa porção povão. Seja pelo motivo que for, se à procura de alguma coisa really exciting, seja por falta do que fazer, seja por stress, a gente acaba cometendo aquele deslize básico, do qual jura jamais participar novamente. Tolice.
Todo mundo tem uma porção Alice (perdida), uma porção Cinderela (nem preciso dizer, né?), uma porção Lobo Mau, uma porção Steve Wonder, Amélia, Don Juan, Falcão, Fera, Pilatos, baunilha, whatever! Ai, como isso me incomoda! Eu vivo cuidando para olhar direito, não julgar precipitadamente (não julgar de jeito nenhum já é demais), tentando levantar, dar a volta por cima. Mas, sabe? Tem hora que a coisa se sacode por si só e não há nada que eu possa fazer. No máximo, dá para quebrar menos, evitar o irreparável e ficar apenas com a dor de aspirina.
Entretanto, depois que o vendaval passa, pra variar, dá pra considerar esse mundaréu de gente vivendo na gente até uma coisa saudável. Já pensou que chatice uma planície daquelas dos desertos americanos? Coisa mais sem graça uma vida sem uma montanhazinha, uma curva, um rio, um temporal de vez em quando... Pois é, apesar de tudo, ruminar feito meu signo solar tem seu lado positivo: lá pelas tantas, tudo ganha um perfil bom, necessário, evolutivo. Tá vendo? Esse é o meu lado Poliana...
"A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio." (Martin Luther King Jr.)
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Beijão