Lucky me



Depois de longos e tumultuados dias, enfim estou de volta. Comentei outro dia que o ano começou "rasgando", chegou chegando, sem dó nem piedade. Na última semana, perdi uma pessoa querida para um enfarto repentino e me cansei sobremaneira com antigas questões. Mas também aproveitei a boa fase no trabalho e me esbaldei com resultados pra lá de bons. Por tudo isso, ando exercitanto mais do que nunca a disciplina e minha capacidade de renovação. É, 2009 parece que será um ano bem curto para o volume de informação que promete.

A delícia disso tudo, além da exploração da potência que em momentos tranquilos a gente esquece, é que a hora do descanso é triplamente aproveitada. Tenho uma característica que adoro e que tem me ajudado incrivelmente nos últimos tempos: não perambulo em duas pontes mentais ao mesmo tempo: trabalho é trabalho, família é família, casa é casa, amor é amor, cada coisa no seu quadrado.

Além dos acontecimentos desses primeiros 52 dias do ano, percebi que me tornei numa mulher crédula e olha que isso não é pouca coisa, não. Acreditar nas pessoas com a simplicidade de quem acredita em si mesmo é uma façanha, coisa boa que alimenta a minha fé. Não se preocupem, não regredi ao estado de ingenuidade desavisada, não. Só acho que, pela primeira vez na vida, não me pergunto, antes de acreditar, se o outro é sincero ou não. Isso não importa muito, na verdade, já que cada um colhe o fruto da intenção que cultiva.

Hoje mesmo, lendo o jornal da BSGI, li que a palavra sânscrita karma quer dizer ação. Toda e qualquer ação. Já sorte, segundo uma das interpretações do Houaiss, é "modo de viver, condição da existência". Donde eu resumo que karma e sorte são intrinsecamente a mesma coisa. E, sabe?, eu estou beeeem satisfeita com o saldo de tudo, pois também entendi que o que ainda não fiz posso fazer, se quiser, e o que foi feito pode ser mantido ou desfeito, feito diferente, melhor, feito de novo, mas feito sempre por mim, e por quem eu escolher para fazer comigo.

Tem uma frase bem conhecida que diz que a gente aprende pelo amor ou pela dor, mas eu tenho cá as minhas dúvidas de que a dor, por si só, ensine alguma coisa. Acho que a dor, sozinha, só traz ressentimento e desconfiança quanto a capacidade de ser feliz. A dor, para dar validade à mudança verdadeira, precisa estar acompanhada de amor, sempre, pois é ele que ensina a confiar e transforma de fato.
Partindo dessa premissa, eu compreendi porque somente agora algumas mudanças essenciais foram possíveis na minha vida: brotou amor genuíno nesse coração. De mim para mim, de mim para o outro, do outro para mim.
 
 

Comentários

Anônimo disse…
poxa, tava estranhando a demora... =)

ah, qdo vc vai postar aquelas respostas???

bjs
Anônimo disse…
Nós é que temos a sorte de poder ler seus textos!!! Bjos, e que vc siga cada vez mais iluminada...

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