Primeiro o que importa
Eu conversava com a namorada de um amigo, durante um jantar, quando ela me disse que tinha parado de comer queijo. "É mesmo?", perguntei, completando que adorava queijo. Ela respondeu que adorava também, até descobrir que era o queijo que lhe causava tanta dor de cabeça. Não foi só a médica que disse, não. Ela foi lá experimentar: ficou um tempo sem queijo, voltou a comer e as dores voltaram.
Até aí, tudo bem comum: tem muita gente que não pode comer ou beber isso e/ou aquilo. O bacana foi o que veio depois. Ela disse: "achei que fosse sentir falta do queijo porque eu era adorava! Mas, me fazia tão mal que deixei de gostar". Parece óbvio deixar de gostar ou não gostar de algo que nos faz mal, não é? Mas, não é bem assim.
Normalmente, o que se vê é o sofrimento que acompanha algo que se gosta muito e não se quer ficar sem, mesmo trazendo prejuízos. Me pergunto sempre: como é que alguém pode manter algo que lhe faz mal? É o caso do alcóolico, do viciado em drogas, do fumante, do compulsivo, do que ama sem ser devidamente correspondido.
Acredito que atrás de todos esses comportamentos e vícios "difíceis" de serem largados está a tal da baixa auto-estima. É a única explicação para colocar acima da própria saúde e bem-estar qualquer coisa que piore a vida.
Eu comentei com a minha companheira de papo que junto a esse desapego do queijo (tão superficial a olhos nus) alguma mudança na felicidade dela ocorrera. Quem é capaz de abrir mão de algo prejudicial a si faz uma escolha séria pela qualidade. E essa escolha certamente se vê refletida nas demais escolhas da vida dela. Isso é compromisso com a felicidade. Mesmo.
Comentários
Passei por aqui, e adooorei o que você escreveu!
Parabéns pelo blog e muito sucesso!!