tag:blogger.com,1999:blog-61166047307028559292024-03-13T14:03:49.343-03:00Tudo vai recomeçarAcácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.comBlogger296125tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-66009163140287457842016-03-17T22:24:00.000-03:002016-03-17T22:24:20.579-03:00A piora da cura: a jornada da ética brasileira<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJDCjuhyphenhyphen7t8v0rABTbP9jO-jpxW_N2JbBwiS6fnWZOYQWLeu-6mCFW8ShEg1CcDc38hpV9cAT4Jf298f8kRKY_QMyEnrLPOScjSBNDwIkVr1A-DIBf89dZbD5EGH1ilp6zi56gRsQ4ODjS/s1600/blog.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJDCjuhyphenhyphen7t8v0rABTbP9jO-jpxW_N2JbBwiS6fnWZOYQWLeu-6mCFW8ShEg1CcDc38hpV9cAT4Jf298f8kRKY_QMyEnrLPOScjSBNDwIkVr1A-DIBf89dZbD5EGH1ilp6zi56gRsQ4ODjS/s400/blog.jpg" width="400" /></a></div>
<br />Existem alguns ditos populares que são muito inteligentes e facilmente visíveis na prática. Quando alguém está doente e tem uma piora repentina se diz que é a "piora da cura". Depois desse pico da doença, realmente se verifica que o paciente melhora e fica "bom". O contrário também se diz: quando um paciente internado em estado muito ruim melhora de repente, a preocupação aumenta... "é a melhora da morte".<br /><br />Assim vejo a atual situação do Brasil: estamos, a cada dia que passa, caindo no poço mais e mais profundo da sujeira política, mas creio que esse período servirá para nos curar, ou, pelo menos, nos trazer a reflexão necessária para o início da "melhora" política.<br /><br />Entretanto, para que tenhamos uma verdadeira transformação devemos mergulhar na autoavaliação e observar nosso próprio comportamento. Será que somos tão éticos assim? Será que ao comprar uma carteirinha de estudante falsa, só para pagar meia-entrada no cinema, não nos faz corruptos também? "Fazer um gato" para conseguir um ponto a mais da TV a cabo em casa é "legal"? O que dizer de quem para em vaga de idoso ou deficiente "só por um minutinho"?<br /><br />A velha característica brasileira e cotidiana do "jeitinho", quando eleita pelo povo, se transforma em política desmoralizante. <br /><br />Não, esse não é o primeiro governo a desrespeitar, envergonhar e humilhar os brasileiros, mas é o que tem nos dado mais oportunidades e motivos para ir às ruas e dizer aquilo que não queremos mais.<br /><br />Sim, esse governo nos representou, sim, uma vez que foi eleito legitimamente pela maioria dos brasileiros, mas certamente não nos representa mais. Devemos, dessa forma, mostrar a todos os políticos, como aconteceu com as vaias aos representantes do PSDB durante a maior manifestação da história do Brasil na Av. Paulista no domingo, 13 de março, que nossa reprovação não é só para com o PT e, sim, para com todos aqueles que não cumprem seus mandatos conforme a lei.<br /><br />Não precisa construir nave espacial, nem transformar todos os cidadãos em milionários. O povo quer "apenas" dignidade. Dignidade na saúde, no transporte, na educação, na segurança. Dignidade e respeito. Quer que seus impostos valham a pena ser pagos. Que sua luta diária seja por uma família mais feliz e, consequentemente, por uma sociedade mais saudável.<br /><br />Nunca será perfeito, não há país de primeiro mundo que seja. Mas não é de perfeição que estamos falando, é de justiça. Se houver corrupção, e sempre haverá, que seja detectada e punida e que seja motivo de vergonha, não de "pizza".<br /><br />O povo brasileiro é um povo alegre por natureza. Fico imaginando como seria a nossa alegria se vivêssemos num Brasil onde todos pudessem ter, de fato, condições, não mínimas de sobrevivência, mas estruturais para construir a vida que desejassem, com oportunidades e crescimento.<br /><br />É possível que tenhamos que vivenciar um luto. Creio que estamos chegando a ele. É o pico da doença se apresentando. Mas também acredito que logo virá a melhora, a cura, e a sociedade civil deve se preparar, ética e moralmente, para o novo Brasil, pois de outra forma a cura não será sustentável.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-72461572598311568802015-04-13T16:20:00.000-03:002015-04-13T16:20:06.688-03:00Mãe é verbo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiba1ZVDqC8L_wliOQzCgb8KkTBTP0JTvlhUaPWsNtRzNqrojU_pyE0Ue8M2N_lHPt8TYtbHtRXlchEi3LPI8fCv_Puv0ijPyLSqkXEQvSPbhDHVVNkzm46hbmkGYus0xsUfE3me41mRAf/s1600/blogger-image-460438599.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiba1ZVDqC8L_wliOQzCgb8KkTBTP0JTvlhUaPWsNtRzNqrojU_pyE0Ue8M2N_lHPt8TYtbHtRXlchEi3LPI8fCv_Puv0ijPyLSqkXEQvSPbhDHVVNkzm46hbmkGYus0xsUfE3me41mRAf/s1600/blogger-image-460438599.jpg" height="400" width="225" /></a></div>
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Sempre que ouvia falar em amor incondicional de mãe eu pensava "amor é amor; de mãe é um amor maior, só isso". Na minha santa ignorância eu não entendia, e não podia entender, esse gigante chamado "amor incondicional". Nenhuma mulher antes de ser mãe consegue entender o que é amor incondicional. E poucos, pouquíssimos homens são capazes de entender também.<br />
<br />
Pois bem, minha filha nasceu há 8 meses e chegou varrendo tudo o que eu pensava saber sobre amor. Varrendo, não; trouxe mesmo foi um furacão. E me arrebatou com algumas verdades simples, me ensinou que necessário de verdade é amor e bagunçou fundo meu coração cheio das influências hormonais, perplexo e inundado de uma vontade enorme de proteger aquele serzinho indefeso.<br />
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Esqueci o que sabia sobre olhares gentis. Nenhum olhar consegue ser mais doce do que um olhar de mãe. Nenhum carinho, nenhum gesto contém mais cuidado do que o de uma mãe. O medo é grande, sempre, a coragem também. A culpa, ah... a culpa! Culpa por não ser perfeita define. Depois eu penso: "toda mãe é perfeita, só que erra de vez em quando".<br />
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Nunca a barriga de uma mulher e seus seios tiveram tanto sentido: foram inventados para construir a vida e alimentar os filhos. Ponto. O resto é só diversão. E, se precisar, a gente dá jeito depois com academia, cirurgia plástica ou só com uma roupinha que caia bem.<br />
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O coração de uma mãe sangra. Sangra com o choro do filho quando ela não sabe porque ele chora e quando ela sabe também. Sangra quando o narizinho está entupido e ele acorda no meio da madrugada assustado porque não consegue respirar. Imagine o quanto sangra o coração de uma mãe cujo filho passa por dificuldades muito, muito piores...<br />
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Mães são polvo mesmo, como já disse alguém: nós conseguimos embalar um filho, mexer na bolsa procurando o Rinosoro, falar ao telefone, almoçar e falar com a vizinha, tudo ao mesmo tempo. Somos polvo porque criamos braços e pernas extras para proteger nossa cria do que for preciso e também para vê-la sorrir. Polvos-palhaços, polvos-malabaristas, polvos-cantores, polvos-curadores. Polvo-polvo, cheio de garras e afetos por todo lado pra garantir a serenidade do sono de alguém que sequer vai lembrar depois. Mas nós sabemos que, mesmo sem lembrar, tudo, absolutamente tudo estará registrado naquele coraçãozinho pequenininho que vai crescer e se tornar um adulto gentil só porque foi amado por uma mãe de verdade (infelizmente algumas mulheres parem mas não são mães. Poucas, ainda bem).<br />
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Filhos nascem para melhorar seus pais, principalmente suas mães. Nunca mais, depois de ter um filho, uma mulher será capaz de ser dominada por uma atitude exclusivamente fria, calculada apenas na razão. Nosso coração será sempre um guia, seja qual for a situação. Haverá sempre a ponderação da mãe, "e se fosse com meu filho?", sempre a preocupação no olhar, a alma inquieta de quem não espera mais do mundo a não ser mais compaixão e menos violência.<br />
<br />
Mãe vive querendo um tempinho só para si, mas quando esse tempo surge ela prefere ficar com a família, curtindo, sem fazer nada, ou, quem sabe, recolhendo brinquedos. Quando a casa fica silenciosa, à noite, e todo mundo vai dormir, às vezes a mãe anda pela sala, pela cozinha, arrumando alguma coisa, tomando um copo d'água devagar só para ouvir o coração acalmando, "que todos tenhamos uma boa noite de sono".<br />
<br />
Mãe nunca pensa 1 e essa mulher nunca mais se colocará em primeiro lugar outra vez na vida. Mãe não é amiga. Amiga a gente tem na escola, na vizinhança, no trabalho. Mãe não tem destino, não tem fome, nem frio. Mãe é verbo. Nem cuidar define direito. Mãe é mãe. E ponto.<br />
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Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-13156633039005583082014-08-18T15:04:00.003-03:002014-08-22T18:56:25.780-03:00Carta para uma filha<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfN_BQRuCP16ea2R1gCnRG0zi7jBYDdQS-8honzZT30UbewXI4j3jLGRz-GRVs4ChORaePKkhdLtKlIkmKDCJR4KNIqjpW4n89No1WN3nzwHwTIX6z1mvObTaoxLe-QtU5XCpbJPGPI33T/s1600/9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfN_BQRuCP16ea2R1gCnRG0zi7jBYDdQS-8honzZT30UbewXI4j3jLGRz-GRVs4ChORaePKkhdLtKlIkmKDCJR4KNIqjpW4n89No1WN3nzwHwTIX6z1mvObTaoxLe-QtU5XCpbJPGPI33T/s1600/9.jpg" height="320" width="213" /></a></div>
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Poucos homens são capazes de tamanha demonstração de amor. Eu tive sorte de casar com um deles e tê-lo escolhido para ser pai da minha filha. Com muito amor e muita gratidão, nós ganhamos da vida essa princezinha. Texto original no blog do meu marido, amor, amigo, companheiro de todas as horas: <a href="http://bit.ly/1kP2Ntt">http://bit.ly/1kP2Ntt</a><br />
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<span style="font-size: large;"><b>Carta para uma filha</b></span></div>
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Mariana, minha filha,<br />
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Nada neste universo jamais será capaz de superar a maravilha que é ver a vida se manifestar, em qualquer de suas formas. independente do tempo, do lugar ou das circunstâncias onde ela venha a florescer.<br />
<br />
Acreditar no poder transformador que toda nova vida tem é essencial à própria natureza humana, às suas esperanças, aos seus sonhos. E isso se torna algo muito mais forte quando esta nova vida se manifesta na forma da sua própria filha.<br />
<br />
É por isso, Mariana, que ter recebido você na minha vida e na vida da Acácia é um presente que palavras não são capazes de descrever. Jamais conseguiremos expressar a felicidade de ter você conosco, e poder ficar admirando o seu jeitinho doce e cuidar de você é um prazer do tamanho do mundo.<br />
<br />
Aliás, você é o grande resultado do enorme amor entre eu e sua mãe, e por isso também você é a razão da nossa alegria. Não mediremos esforços para que você possa se tornar um grande valor para o mundo, para que você seja também imensamente feliz, e para que tenhamos, nós três, histórias eternamente maravilhosas.<br />
<br />
E não importa se alguém disser que os tempos são difíceis, que o lugar é uma incerteza, ou que as circunstâncias são desafiadoras, ainda assim a beleza da vida irá, sempre, sobrepujar a tudo com sua grandiosidade e seu esplendor, e você é a protagonista desta história, nas vidas minhas e da sua mãe.<br />
<br />
Enfim, neste que é o décimo dia de sua vida, queria apenas lhe dizer obrigado por existir nas nossas vidas. Te amamos muito.<br />
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Pois que venha essa maravilhosa estrada chamada familia. E que bom que estamos apenas começando… :-)<br />
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Beijos,<br />
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PapaiAcácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-6948100608749314262014-05-02T14:33:00.002-03:002014-05-02T14:37:11.606-03:00É muito blá blá blá<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikiMbhRS2BKKlQakyazITyAC4ihTHneEiEp3au_doDjMPRHicZ8p1m2_vvKDCm3qrzuuLuuMotTv5eh2VSX_GY8waDVQ2zn1oVSnFMJhFXzzrjtOMNY7w197_VUa7gmQfz7HNJO6W_I5E5/s1600/Menina+cansada+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikiMbhRS2BKKlQakyazITyAC4ihTHneEiEp3au_doDjMPRHicZ8p1m2_vvKDCm3qrzuuLuuMotTv5eh2VSX_GY8waDVQ2zn1oVSnFMJhFXzzrjtOMNY7w197_VUa7gmQfz7HNJO6W_I5E5/s1600/Menina+cansada+1.jpg" height="400" width="301" /></a></div>
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Às vezes, eu abro o Facebook pela manhã e já me dá um cansaço. É muita opinião formada sobre tudo, quase sempre sem aprofundamento e sem prática: muita gente escreve a frase bonita que copiou de algum lugar, mas sequer refletiu sobre ela e, se refletiu, sequer pensa em praticá-la na própria vida (muitas vezes, ela acha que a frase é perfeita para o OUTRO!).<br />
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Recentemente, uma dessas frases foi a do Gabriel Garcia Marques, grande escritor, quem sou eu para constestar a genialidade dele. A frase é boa, e jamais saberemos o que, de fato, ele quis dizer (e nem precisamos porque a interpretação é de quem lê e ponto). Mas é aí que mora o perigo... ler "A vida não é o que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la" pode ser um bálsamo de ilusão para quem adora uma zona de acomodação.<br />
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Tem gente que adora escrever que "o silêncio é a melhor resposta", como se isso fosse resolver alguma situação. Não resolve. Mesmo. O que resolve é o diálogo, é o SIM claro, o NÃO claro, tudo muito bem definido. O silêncio só serve se a gente quiser parecer ignorar ou, quem sabe, desrespeitar alguém. O silêncio não faz mais nada além disso.<br />
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E as mensagens cheios de machismo e feminismo? Quanto gente se entregando, não é mesmo? Outro dia, um conhecido escreveu que "quem gosta de homem é gay. Mulher gosta é de dinheiro". E o sujeito é casado! Quanta grosseria com a esposa e quão baixa é a autoestima dessa criatura... Já algumas mulheres adoram postar indiretas sobre o comportamento masculino, como se o fato de um homem não querer namorá-las, como elas idealizam ser namoradas, os tornassem frios, aproveitadores e que, por não quererem nada com elas, eles irão morrer gordos, solitários e falidos! Algumas frases como "quem constrói um grande homem é uma mulher" finalizam esse pensamento imaturo e, sorry, arrogante.<br />
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Fora isso, tem aquele monte de frase reclamando da coitada da segunda-feira e idolatrando a sexta. Fico me perguntando se essas pessoas tem vida entre a segunda e a quinta, se sorriem, se amam, se... sei lá, qualquer coisa! Ser feliz somente 2 dias na semana, e porque não vai trabalhar, é desperdiçar 260 dias do ano! Acho triste alguém que não enxerga valor no seu trabalho. Acho triste alguém imaginar que seria feliz só se não precisasse trabalhar. Penso ser muito inútil uma vida sem trabalho, sem produção, sem cooperação. O trabalho é responsável pelo nosso sustento; sendo assim, acredito eu, alguém que deseje não trabalhar quer muito ser sustentado por alguém... nem que esse "alguém" seja o governo!<br />
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Eu passaria dias contando frases que me enchem de cansaço. Nada contra o Facebook, eu adoro, by the way. O problema, como sempre neste mundo, são as pessoas e seus blá blá blás de conteúdo repetitivo e preguiçoso. Tá na hora de falar (ou escrever) somente depois de pensar e colocar em prática. Aí, sim, com a prática, até o discurso vai mudar.<br />
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<br />Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-15165785065044880452014-03-27T16:34:00.000-03:002015-04-12T20:35:01.897-03:00O lugar do passado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjKJN7dtAWps4Jtar2muyexoccuGPut2HfhfObnYSLlOlMk6M5J2CvUPRZztRc3c1JurPDkuSwI0_Ztj4niDn9MPq3dfiTO93t5p1begbITf28Us0OtrkKXiFH-pkokElm7Haq4MZ6vqst/s1600/pequeno+principe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjKJN7dtAWps4Jtar2muyexoccuGPut2HfhfObnYSLlOlMk6M5J2CvUPRZztRc3c1JurPDkuSwI0_Ztj4niDn9MPq3dfiTO93t5p1begbITf28Us0OtrkKXiFH-pkokElm7Haq4MZ6vqst/s1600/pequeno+principe.jpg" height="225" width="400"></a></div>
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Não me lembro bem se foi na Forbes ou na Exame que li uma matéria falando sobre "ano sabático". A matéria contava casos de pessoas, de diversas idades que decidiram mudar a vida e, por não saber direito o que fazer, decidiram sair por aí pra ver no que ia dar.<br>
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Pelo que me recordo, todas as histórias tiveram como trampolim a vida profissional, o que faz sentido, já que estamos falando de revistas voltadas a empresários. Mas fiquei eu pensando que muita gente acaba tirando um ano sabático por questões pessoais, mesmo sem ter isso bem definido, sem que isso seja um objetivo, apenas desliga o botão daquilo que fazia antes e vai fazer sei lá o que.<br>
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Me lembrei que eu própria tirei um período sabático após uma forte decisão na minha vida pessoal. Não foi um ano, foram três, com respingos no quarto e último ano. Eu iniciei, objetivamente, o ano de 2005 com a intenção de espairecer, fazer algo completamente diferente na vida, entrar num ambiente novo, me "distrair" enquanto esperava meu olhar e meu coração encontrarem um novo caminho, ou o "meu" caminho, talvez esquecido por tantas passagens complicadas.<br>
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O fato é que foi exatamente isso o que aconteceu. Fiz novos roteiros, conheci muita gente boa (sempre tive sorte com amigos), ri muito, aprendi horrores. Me larguei em alguns sentimentos, deixei fluir para conhecer o que é que eu queria e não queria para o meu futuro próximo. Funcionou! Foi maravilhoso, apesar de algumas dores. Mas não era ali que eu queria estar a vida toda. Era só por aquele tempo. E o tempo passou e eu reencontrei minha verdadeira vocação, chamado, missão, seja lá o nome que cada um dá para isso.<br>
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Hoje, olhando para trás, percebo o quão importante foi aquele período pra mim. Foi uma fase de reorganização de coisas que, talvez, nunca tivessem sido organizadas na minha vida antes. Coloquei mente e coração no lugar, no meu lugar, não em qualquer lugar ou no lugar de alguém ou algo. No meu lugar.<br>
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E, aí, o resultado foi e tem sido belíssimo. Sou feliz, completa, cheia de esperanças e perspectivas. Todos os dias eu acordo e agradeço por mais um dia viva. Agradeço a saúde perfeita. Agradeço as famílias, a ascendente e a descendente que estou construindo com meu marido e minha pequena Mariana, que vai nascer em alguns meses.<br>
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Depois disso, é lutar porque a vida é isso: luta. Todos os dias uma luta. Todos os dias uma vitória sobre diversos desafios enfrentados. Todos os dias um pouco de medo para lembrar que sou falível e é preciso cuidar. Todos os dias a sensação de "não sei direito o que é a vida, mas sei que posso lidar com ela e fazê-la maravilhosa". Todos os dias o amor, a gratidão e a certeza de que o passado está lá atrás por um único motivo: não servia para o meu presente e nem para o meu futuro.<br>
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<br>Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-78636044022786310622014-01-29T16:43:00.004-02:002014-03-25T15:34:36.375-03:00Com o futuro no olhar<div style="text-align: center;">
<i><br />Uma homenagem feminina ao tempo, que faz a vida maior</i></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq22R-POQbPk_2NfSIcj3S59SmlszHbuNweOBXay03mzipnYsRkSzN5ZG0NqrZ3YF7S82FjmgBoutenRDHMUwc4aKAOZzzkhCSk1ze4zlKD4Pwvg3F4b75FHqBLtLZ7ywqvzjTvnvZWcrU/s1600/desenho-mulher-gravida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq22R-POQbPk_2NfSIcj3S59SmlszHbuNweOBXay03mzipnYsRkSzN5ZG0NqrZ3YF7S82FjmgBoutenRDHMUwc4aKAOZzzkhCSk1ze4zlKD4Pwvg3F4b75FHqBLtLZ7ywqvzjTvnvZWcrU/s1600/desenho-mulher-gravida.jpg" height="257" width="400" /></a></div>
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Há algumas semanas soube que estou grávida, provavelmente de uma menina. O que pode parecer muito comum para a maioria das mulheres, pois é um sonho e um desejo para quase todas, para mim foi, e tem sido, uma grande descoberta, uma vida, de fato, nova, que antes eu nunca havia imaginado para mim.<br />
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A gravidez é o símbolo maior de feminilidade, muito embora eu sempre tenha acreditado que nem toda mãe é, por natureza, uma mulher plenamente realizada somente porque pariu outro ser. Na minha opinião, a maioria das mulheres tem filhos sem ao menos pensar direito no que é isso, apesar do discurso fácil ser o mesmo: "é a melhor coisa do mundo".<br />
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Foi em abril de 2013, mês do meu aniversário, que me perguntei o que eu e o meu marido faríamos com todas as experiências que tivemos e temos, com todos os valores que construímos, com as descobertas sobre a vida que conquistamos a cada segundo, a cada dia. Para quem contaríamos nossas histórias? A quem ensinaríamos que a vida não é exata e que as pessoas são diferentes, porém iguais em essência? E as nossas tantas viagens, para quem mostraríamos tantas fotos e tantas curiosidades? E o nosso trabalho, diário e arduamente construído, com persistência e paixão, para quem deixaríamos os frutos?<br />
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Começou assim a viagem para o meu coração de mãe, antes tão adormecido por questões práticas e um tanto preguiçosas. Filhos dão trabalho, filhos são caros, filhos são difíceis de educar, filhos são ingratos. O mundo está complicado para por filho no mundo, a sociedade está perdida. Todas essas razões, vamos combinar, são muito razoáveis!<br />
<br />
Lembro que, num certo dia de junho do ano passado, uma amiga que tentava engravidar há muito tempo me disse: "tenho absoluta certeza de que eu seria uma pessoa muito melhor se eu fosse mãe". Aquilo bateu fundo no meu coração porque eu sempre quis retribuir a sorte que tive na vida sendo um ser humano melhor. E a sementinha da maternidade começou a crescer com um pouco mais de certeza e sem tanto medo assim a partir daquele almoço no maior estilo "Sex and the city".<br />
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Enfim, em dezembro descobrimos que estávamos grávidos! E um turbilhão de novidades começou a acontecer, no meu corpo, no meu coração, no meu olhar que ganhava futuro. Não existe uma única palavra para descrever o que é "fabricar" um serzinho a partir de uma sementinha. Não é possível descrever como é saber que estou construindo cérebro, pulmões, coração, rins. E que, em breve, muito em breve, eu e meu marido, o homem que escolhi para ser meu companheiro eterno, estaremos construindo um caráter, uma pessoa, um cidadão.<br />
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É preciso ser mulher, é preciso viver essa experiência para entender o que é a verdadeira natureza acontecendo. Não sou apenas eu, meus pensamentos e meus sentimentos. Há uma natureza soberana agindo, incontrolável e indomável. Sobre ela não tenho rédeas e isso, que poderia ser assustador, tem sido, para mim, libertador. Finalmente, estou à mercê da vida!<br />
<br />
Como já dizia Oliver Wendell Homes, "a verdadeira religião do mundo vem das mulheres, das mães acima de tudo, que carregam a chave de nossas almas em seu seios". É esse poder, sem poder algum, que estou sentindo. É a apropriação da minha condição de mulher. Plenamente realizada. Meu tempo neste mundo ficou maior.<br />
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<br />Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-14850451504300679282013-04-10T17:42:00.002-03:002013-04-10T22:49:59.073-03:00Retalho humano<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdqvRIgZsVidNlgZSatoEbiNRfIV4NYLczY_mYi9rjgxXodEr3juEovGamtgaGfqGxrSIYe6xP12VbK2xTFVWctJJcDVDTMKHHPIhRdTP0dX4-yJFBaaKfUp5TfGUmOihVYWqvXiKx6WwU/s1600/mundo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdqvRIgZsVidNlgZSatoEbiNRfIV4NYLczY_mYi9rjgxXodEr3juEovGamtgaGfqGxrSIYe6xP12VbK2xTFVWctJJcDVDTMKHHPIhRdTP0dX4-yJFBaaKfUp5TfGUmOihVYWqvXiKx6WwU/s400/mundo.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Nada me encanta mais do que ouvir histórias de vida. E, quanto mais o tempo passa, quanto mais histórias eu ouço, mais eu me convenço das nossas semelhanças nas escolhas, nos medos e sonhos. Somos todos gêmeos em essência, essa é a lição da vida. E para aprendê-la com primazia há que se atravessar um mundo de dificuldades, treinar a humildade, o vínculo e o desapego, a empatia e o humanismo.<br />
<br />
Nunca se vive o suficiente para aprender tudo. Algumas religiões até nos acalentam, pregando a vida após a morte, existência após existência, como se isso nos tornasse melhores no dia a dia, que é onde realmente importa e o que promove nossa "evolução".<br />
<br />
Pelo pouquíssimo que sei e vivi até hoje, não acredito que estejamos evoluindo como seres humanos. Há 5 mil anos desejamos a imortalidade e o poder e muitos de nós continua fazendo qualquer coisa para satisfazer essa necessidade. O vazio por desconhecer a origem e o porquê da vida, e por não termos as respostas que julgamos precisar, é a mola que nos empurra e nos puxa, ao mesmo tempo.<br />
<br />
Perguntadora por natureza, não a respeito da vida, mas a respeito de nós mesmos, há algum tempo tenho treinado a observação imparcial, mais para ter paz do que para ter conclusões. Aliás, cada vez concluo menos e busco mais, para entender menos e, mesmo assim, aceitar o que é possível e refutar o que é, na minha opinião, maligno.<br />
<br />
Algumas exclamações me assombram, principalmente quando presencio a preguiça em desfazer-se da ilusão, a preguiça de conquistar o que se diz desejar (!), a preguiça em mudar mesmo em meio ao sofrimento. Também me surpreendo quando ouço alguém se queixar das "pressões" da vida. Bom, penso comigo, essa é uma das regras da vida, a pressão faz parte, assim como a chuva, o sol, o vento, acostumemos-nos sem reclamar tanto!<br />
<br />
Não sei se temos um destino, cada um de nós. Não sei se os grandes acontecimentos que experimentamos foram traçados em alguma outra dimensão. Em meu coração, não acredito no destino, mas não sei afirmar uma coisa desse tamanho sem me considerar arrogante demais. Eu acredito em atitudes, fatos, pensamentos e palavras e que tudo em nossa vida seja fruto dessas expressões, principalmente da conivência e do silêncio.<br />
<br />
Acho mesmo que nós, seres humanos, poderíamos usar nosso tempo nesta Terra para viver da maneira mais simples possível, seja lá o que isso queira dizer para cada um. A falta de simplicidade faz com que discutamos questões de cunho absolutamente pessoal como se fossem bandeiras mundiais, como a homossexualidade, a religião, a maneira de vestir, andar, o tom de voz e outras tantas bobagens. Afinal, o bom senso cairia melhor do que tantas leis e burocracias comportamentais, e nos pouparia de todo desperdício humano, se fôssemos mais limpos, mais leves e menos "sabidos".<br />
<br />
<br />
Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-1402673402640890842012-05-01T18:27:00.001-03:002012-05-01T18:27:44.219-03:00O divino em nós<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeZDtm0qZPREVBOxiiyfGsgMqbRWF0vdpeeWibVIXS1F2zL0rXn__O5sfd2LE-xl7BFbgl6yIApdnr-PIJrCE0D_7Ck7aOF6MLSb47OC9Xmc6OcJhxNXfa3wrb_5q1pQS70zwsMvVDQd5a/s1600/confianc3a7a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" mea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeZDtm0qZPREVBOxiiyfGsgMqbRWF0vdpeeWibVIXS1F2zL0rXn__O5sfd2LE-xl7BFbgl6yIApdnr-PIJrCE0D_7Ck7aOF6MLSb47OC9Xmc6OcJhxNXfa3wrb_5q1pQS70zwsMvVDQd5a/s320/confianc3a7a.jpg" width="320" /></a></div>
Outro dia, vi no Facebook de uma amiga que retornava de uma viagem: "voltando, que Deus nos proteja". E, hoje, partindo em férias, no meio da estrada, pensei: "que seja tranquila e segura nossa viagem e que voltemos em paz". Minha amiga, claramente católica, guardava no coração o mesmo desejo que eu, budista tarja-preta: paz, segurança, proteção.<br />
<br />
Daí a eu fazer uma viagem interna foi um pulo: fui ao passado distante, a outro nem tanto, ao dia de ontem e ao amanhã. Pra mim, segurança e proteção sempre foram palavras que estiveram ligadas a manutenção do status quo. Ou seja, nada de mudanças! Por isso tentei me segurar mais do que pude, me agarrei com unhas e dentes à algumas situações, sofri só em pensar nas prováveis perdas.<br />
<br />
Fui uma aos 20, outra aos 30. Aprendi a mudar com muita dor, mas sobrevivi para entender que a mudança é o tom da vida. Hoje mudo e quero continuar mudando. Mudando o pensar, o agir, o sentir. Mudar é expandir, crescer, enxergar de outro jeito! Agora tenho medo de quem não muda, ou não quer mudar. Não mudar é apodrecer, virar lodo. Morrer.<br />
<br />
Acredito que uma essência em mim permaneça, e é bom que ela não mude: sou eu na origem. Disso concluo que mudar é, na verdade, descascar, tirar de mim as capas de medo, preconceito e desconfiança que vesti para... sobreviver?<br />
<br />
E pensando mais um pouco, entendi que a gente só se apega muito "ao que tem" apenas quando duvida do que é. Faz sentido, então, eu gostar de mudar somente há pouco tempo: foi há muito pouco tempo que comecei a confiar no que sou.<br />
<br />
Voltando à minha amiga e aos nossos desejos de proteção, a lição que tiro daqui é que, por mais que eu acredite convictamente que sou, sim, a única responsável pela minha vida, tem uma hora que a gente se entrega mais do que ao divino que há em nós, mas ao universo que desconhecemos. Nessa entrega, nesse gesto de confiança no que ainda não compreendemos, tem, também, muito da confiança em nós mesmos. E e aí eu fecho meu círculo: confiança é a palavra que semeia felicidade, união, gratidão. E eu só consigo confiar fora de mim se confio dentro. Porque na vida, na vida não existe nada que não comece nem termine comigo. Mas, o mais bonito é que, apesar disso, só posso ser completa com o outro, nunca sozinha ;-)<br />
<br />Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-66210103083336584192012-03-06T23:09:00.001-03:002012-03-06T23:13:12.930-03:00E assim a vida sorri<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjby0Eg8IDbikeumq2flcytSApkg8jSJgvSTd4TkoByLWemR04FS2UBMD3geW3xhNvp2IysFr6f_eB7QKTg9udL8n_X8xDXRcjs-YMt7OqZGOxyLSZTJF-RmUXAkrP8GIdp7vu4dm-642CB/s1600/evolucao-humana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="182" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjby0Eg8IDbikeumq2flcytSApkg8jSJgvSTd4TkoByLWemR04FS2UBMD3geW3xhNvp2IysFr6f_eB7QKTg9udL8n_X8xDXRcjs-YMt7OqZGOxyLSZTJF-RmUXAkrP8GIdp7vu4dm-642CB/s400/evolucao-humana.jpg" width="400" /></a></div><br />
Se tem uma coisa que eu faço com primazia é observar. E eu observo tudo: pessoas, coisas, relacionamentos, atitudes, resultados. É por isso que é tão difícil eu me enganar (mesmo que alguns achem que me enganam): eu olho mesmo, e com profundidade. Para os mais "astrológicos", essa falta de pressa no olhar é minha lua em Escorpião: quase nada me foge, mesmo quando eu própria gostaria de fugir ou disfarçar.<br />
<br />
Por isso, minhas amizades (aquelas de convívio mesmo, as sérias) são poucas, verdadeiras e longas, capazes de suportar minhas sinceras intervenções e minha maneira auto-responsável de viver a vida. Não gosto de coitados nem de vítimas: a vida não é feita por ninguém além de nós mesmos, portanto, somos os únicos responsáveis.<br />
<br />
Também não sou uma pessoas de luxos vazios: não há bolsa "de marca" que valha mais do que um bom jantar com amigos, nem um carro suficientemente mais importante do que uma boa viagem. Sim!, sou sensorial, mas não se engane: sou taurina, adoro conforto e segurança. Meu conceito de morar bem é uma ótima localização, mas sem sossego e área verde não funciona pra mim. <br />
<br />
Adoro meu Givenchy, mas sou do cheiro verde mais do que da química adocicada. Prefiro uma boa gargalhada a um trejeito copiado da TV. Gosto de simplicidade, sou avessa a vaidade do ego: aparências não me conquistam, o que me seduz é a verdade.<br />
<br />
Confio incondicionalmente em poucos, mas amo muitos com muita ternura, até mesmo quem não conheço. Me emociono fácil, mas perdurar em meu coração é raro. Sou de poucas palavras, mas quando elas chegam são encaixadas e me expressam perfeitamente. Afinal, eu sou feita de sinônimos, adjetivos e perguntas!<br />
<br />
Não digo tudo o que penso, nem posso, porque sou certeira, mas nem sempre benevolente: acredito demais no potencial de cada um e não suporto ver desperdício humano. Somos um povo mal educado e preguiçoso, quem aceita isso? Mas tenho um coração cheio de esperança e confiança e tenho visões belíssimas sobre o futuro em pleno trânsito: sou mulher e entendo mesmo sem compreender.<br />
<br />
Tenho TPM e não me aguento! Fico brava com lixo na rua e choro com criança abandonada. Político, tenho raiva, injustamente (?) de todos. Mães, não entendo, mas admiro demais. Um homem é meu refúgio e meu porto: sem ele, eu seria apenas um potencial latente; com ele, sou pura energia.<br />
<br />
E assim eu vou seguindo: definindo lentamente, encaixando, encontrando algumas respostas. Mas, sobretudo, vou mudando: essa é a essência da vida. Se antes mudar me trazia pavor, hoje me traz alívio e alegria. Que bom que a vida muda :-)Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-28474981140474381662011-12-22T14:59:00.000-02:002011-12-22T14:59:11.532-02:00A nação somos nós<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-2dC8Hv1kz50/TvNhNpkksHI/AAAAAAAAHRE/hho-g9DFPOw/s1600/hipocrisia%2525201.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="244" rea="true" src="http://2.bp.blogspot.com/-2dC8Hv1kz50/TvNhNpkksHI/AAAAAAAAHRE/hho-g9DFPOw/s320/hipocrisia%2525201.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
Quando precisamos, deixamos o carro sempre na mesma oficina. O atendimento é cordial, a oficina é limpinha (mulher pode entrar sem se preocupar em sujar o vestido), o serviço é rápido e o preço é justo.<br />
<br />
Na hora de pagar, a maquinha do cartão fica no escritório do dono. Na parede, vários diplomas da Loja Maçônica. No diploma de Mestre está escrito "Amor e Trabalho". Eu sorrio, agradeço, desejo boas festas a todos e vou embora. No caminho de volta me lembro de que não recebi nota fiscal. Aliás, nunca recebi nota fiscal de lá.<br />
<br />
Eu fiquei me perguntando: ele é bom trabalhador, bom cidadão, mas sonega?; ou é bom trabalhor, mas não é bom cidadão (porque sonega)? Ou será que é assim mesmo nesse país? Afinal, pagamos tantos impostos, tanto dinheiro não usado para seus devidos fins e que vai parar nas mãos de alguns, que revolta a gente. Além do mais, quem sobrevive pagando tanto imposto???<br />
<br />
Outro dia, recebi o boleto do sindicato do qual minha empresa participa (não por livre e espontânea vontade, por imposição mesmo). Achei um absurdo, mas o que é que vai se fazer? Não pagar? Sindicato é máfia, recebe da empresa, do funcionário, do governo, rola propina, etc, etc... E ai de quem não pagar!<br />
<br />
Portanto, pensei eu, não é justo julgar o dono da oficina. Ele gera empregos, é honesto, pai de família. Podemos dizer o mesmo dos nossos políticos?<br />
<br />
Talvez um dia eu levante a bandeira "vamos deixar de pagar impostos!". É bem capaz que eu tenha meu CPF cancelado, minha empresa seja fechada e nada mude nesse país. Simplesmente porque nós, brasileiros, não somos unidos e somos incrédulos: não acreditamos na mudança a partir de nós. <br />
<br />
Como já dizia Albert Camus : "a política e os destinos da humanidade são forjados por homens sem ideais nem grandeza. Aqueles que têm grandeza interior não se encaminham para a política." Sim, a bola não é deles; é nossa, moçada. Ano que vem tem eleição. Bora pensar antes de votar.Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-53868006363098449992011-11-18T17:14:00.002-02:002011-11-19T18:33:23.577-02:00A vida para viver<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhoR3YMiUrCdUGZbmsX6xsJLOfUCqgdSRv5WmT2FIaCnM1YmQgzT70jahJfCrsjPs5GXL4l2P7mtArEwI3sLQoAFrgvfJaftq986TJVZQ3eTDZLt5vVgX-9E14YqRHmh2ft04gufQiSRn_/s1600/01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" hda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhoR3YMiUrCdUGZbmsX6xsJLOfUCqgdSRv5WmT2FIaCnM1YmQgzT70jahJfCrsjPs5GXL4l2P7mtArEwI3sLQoAFrgvfJaftq986TJVZQ3eTDZLt5vVgX-9E14YqRHmh2ft04gufQiSRn_/s1600/01.jpg" /></a></div>Ouço todos os dias a queixa de que a vida é curta. Mas, ontem, pensando e pensando, cheguei a conclusão de que a vida é longa. Viver 80, 90 anos nos dá tempo suficiente para aprender e aproveitar a vida. O problema é que demoramos a aprender a viver e, quando finalmente começamos a aprender, a vida já está no fim. Aí fica a sensação de que não houve tempo para aproveitar, para saborear o que foi aprendido. Parece que não houve tempo para curtir a vida.<br />
<br />
Ninguém acerta sempre. Não é humano acertar sempre. Mas arriscar tudo por qualquer coisa é ter uma miopia gigantesca na alma. Alguns riscos são importantes e enxergar a longo prazo ajuda a escolher os que valem a pena correr. Não é saudável atropelar os anos e todas as pessoas, fazendo coisas como se não houvesse consequência para cada escolha. Viver não é passar de ano. <br />
<br />
Fiquei imaginando quais seriam as pequenas regras de ouro para uma vida melhor e longa, no sentido de "vivida de verdade, com valor". Certamente a lista é enorme, mas selecionei algumas que tem me ajudado. Talvez elas possam ajudar mais alguém também.<br />
<br />
Seja educado: um sorriso, ou um "bom dia/tarde/noite" pode ajudar bastante em qualquer relacionamento, nem que seja os "burocráticos", aqueles do guichê de alguma coisa, ou pelo telefone para esclarecer alguma dúvida. A pessoa do outro lado da mesa (ou do telefone) também tem uma vida, problemas e alegrias. Isso é sério.<br />
<br />
Seja gentil: em qualquer situação. Se estiver além das suas forças naquele momento, seja, pelo menos, educado. Não empurre e, se empurrar, peça desculpas. Não tente ganhar 30 segundos no dia passando na frente de alguém, pois isso não vai alterar seu horário, mas certamente trará uma marca de mau humor ao seu dia e uma úlcera depois de algum tempo.<br />
<br />
Não traia: trair amigos, colegas de trabalho, alguém da família, marido ou esposa é uma fonte de estresse tanto para você quanto para quem é traído. Corrói o coração (dos dois) e traz rupturas irreparáveis. Juro que falar a verdade, abertamente, mesmo que doa no começo, é a melhor maneira de manter o carinho das pessoas. A regra é a mesma se você tiver dúvidas, se sentir inseguro ou deseja algo que é do outro. Diga a verdade, sempre. Funciona.<br />
<br />
Não use palavras para ferir: algumas feridas nunca cicatrizam. Seja franco; cruel, jamais.<br />
<br />
Coloque-se no lugar do outro: sair do próprio mundinho, povoado de orgulhos e picuinhas, pode ajudar a entender melhor qualquer situação.<br />
<br />
Saiba que você não é o centro do mundo: as pessoas tem famílias, problemas no trabalho e milhares de outros assuntos importantes. Um olhar mais fechado nem sempre é por sua causa, compreenda.<br />
<br />
Dedique-se de corpo e alma a alguém (ou a vários alguéns): isso é amor.<br />
<br />
Cultive amigos: ninguém, absolutamente ninguém, é feliz sozinho. Entretanto, não junte-se a qualquer pessoa por medo da solidão.<br />
<br />
Aprenda: não cometa aos 40 os mesmos erros que cometia aos 20 ou 30. Não combina mais.<br />
<br />
Tente sempre acertar: mas quando errar, erre por uma boa causa. Imaturidade não é sinônimo de má intenção ou mau caratismo. <br />
<br />
Trabalhe: seja útil, produza, contribua para o movimento do mundo.<br />
<br />
Mantenha sua fé: mas saiba que fé sem atitude e sem mudança não transforma a vida.<br />
<br />
E, claro, cuide da saúde: ela reflete seu amor pela vida. Engordar demais, beber demais, fumar, e todos os excessos prejudiciais são um lento suicídio. Mesmo que você interrompa um hábito ruim depois de 10, 20 anos, seu corpo já terá sofrido todos os estragos. A vida não é uma entidade que te trata bem ou mal: a sua vida é seu reflexo.Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-76740477451737056312011-09-20T11:17:00.000-03:002011-09-20T11:17:27.517-03:00Ninguém nasce sabendo, mas morrer sem aprender é outra história<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1FSi4j3NtX42warM16vF3IxbJuT7EJR1JpYVFwk7WxOkT-1nQU6qzT8sqF0Ijh2pdP-tKqs9h4YBD_WH7VNCCWh4JDeePUryE8Ke3CQ-hvr8CzPTyBLlvhK-Jhn0xogol23bCY3-q1GZl/s1600/temos-muito-o-que-aprender.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256px" rba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1FSi4j3NtX42warM16vF3IxbJuT7EJR1JpYVFwk7WxOkT-1nQU6qzT8sqF0Ijh2pdP-tKqs9h4YBD_WH7VNCCWh4JDeePUryE8Ke3CQ-hvr8CzPTyBLlvhK-Jhn0xogol23bCY3-q1GZl/s320/temos-muito-o-que-aprender.jpg" width="320px" /></a></div><br />
Algumas vezes a vida parece piorar de repente e fica difícil, achamos até impossível que ela melhore, volte a ser feliz, como em alguns momentos ela foi.<br />
<br />
A maioria de nós sustenta esse percalço por anos, acreditando que a vida é aquilo mesmo, não há nada o que fazer; ou, se há, é difícil demais para, sequer, iniciar. A vida transforma-se num luto sem fim. Saímos até a procura de algumas palavras de conforto, e dá-lhe filme de superação, frases feitas no Google e livros de auto ajuda. Mas o efeito dura pouco: na hora do eu-comigo-mesmo o desamparo acontece.<br />
<br />
Outro dia eu me preocupei muito com uma pessoa querida que estava assim, desiludida e sem rumo. E orei mentalmente por sua recuperação. A boa notícia é que, talvez, de alguma forma, essa onda de bem querer atinja quem quer que esteja precisando. A notícia não tão boa assim é que o processo leva tempo e há que se ter paciência: muitas quedas virão até a boa subida começar.<br />
<br />
A felicidade é um exercício: a princípio exige esforço, a musculatura flácida, preguiçosa e sedentária implora pela comodidade do mesmo. Mas, a cada dia que a gente não se resigna, a cada dia que a gente levanta cedo pra correr exatamente para o destino que se quer atingir, o coração fica mais forte, a alma também, as pernas e braços vão deixando de reclamar.<br />
<br />
Quase sem perceber, o corpo vai delineando, a gordura vai dando lugar ao músculo mais enxuto, a respiração deixa de ofegar tanto, e a gente vai chegando, chegando, chegando. E quando chega, olha novos e outros horizontes: criamos uma turma de "corredores" ao nosso redor. Outros problemas virão e outras dificuldades também. Mas, se antes era difícil levantar 1 kg de problemas porque a força da alma inexistia, agora já dá pra levantar 10 k e continuar andando. <br />
<br />
Eu não sei o que cada um precisa fazer para ser feliz, eu sei o que eu vivi e por quais desníveis, pelos motivos que tive na época, escolhi passar. A quem se espante com a palavra escolha. Ainda tem gente que acha que somos marionetes de algum deus, de alguém ou de alguma situação. Esse é o pior e mais desastroso erro que um ser pensante pode cometer contra si mesmo. Se há uma força fora de nós mesmos, ela trabalha a nosso favor, sempre: seja para o bem, seja para o mal.<br />
<br />
A felicidade é um exercício, sim. E, assim como uma academia, é preciso ir. Não adianta só pagar e achar que tudo cairá do céu. Exercite-se. Antes que chegue dezembro e você encha seu caderninho de objetivos para o ano que vem que jamais sairão do papel.Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-9872489489961388722011-07-05T11:43:00.001-03:002011-07-05T11:57:51.750-03:001 + 1 = 3<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipfrGmwu6BrJWV-JgCv3XdwfQAcsl38eVxc298-EX3tKwzy_s4HDzn9ZYIvUJfuig2xyzK04-bosq1O8cswpzamE5PU3lLGV1Otzk3UsD_kXmJIg0CIegCxNL700Q3Sv-4oCxDH5aZPw_r/s1600/vida2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipfrGmwu6BrJWV-JgCv3XdwfQAcsl38eVxc298-EX3tKwzy_s4HDzn9ZYIvUJfuig2xyzK04-bosq1O8cswpzamE5PU3lLGV1Otzk3UsD_kXmJIg0CIegCxNL700Q3Sv-4oCxDH5aZPw_r/s320/vida2.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
O homem não é um ser isolado, todo mundo percebe isso. Desde os primórdios, a humanidade se juntou em grupos, se casou, teve filhos e a vida continuou em bandos, tanto para criar quanto para destruir.<br />
<br />
Nenhuma descoberta foi um ato solitário: antes da luz elétrica acontecer, muita gente deixou rastros de trabalho para Thomas Edison: Tales de Mileto, filósofo grego, esfregou um âmbar num pedaço de pele de carneiro e viu eletricidade; Otto von Guericke estudou o atrito e Benjamin Franklin inventou o pára-raios. Isso prova que Thomas Edison foi fruto da soma, mesmo que ele tenha descoberto a lâmpada aparentemente sozinho. <br />
<br />
Até a guerra existe porque é praticada por pessoas com o mesmo ideal. Jantares e encontros, reuniões, família: tudo acontece por causa do sentimento de comunidade. Portanto, vai na contramão da humanidade quem se isola, quem guarda a disfarçada arrogância de que "não preciso de ninguém", "ninguém paga as minhas contas", "melhor sozinho do que o estresse de ter alguém se metendo na minha vida". <br />
<br />
Pessoas com imensa dificuldade de relacionar-se alimentam, continuamente, o medo, já tão grande, de sofrer, isso é muito claro para a maioria de nós. Mas essa solidão revela, também, um tanto de preguiça em trabalhar para melhorar a vida, muito de prepotência quando acredita que o outro é quem tem que mudar e adequar-se a ele.<br />
<br />
Tem gente que disfarça a solidão tendo alguns amigos, saindo de vez em quando, interagindo aqui e acolá. Ainda assim, essa pessoa preserva seu isolamento na medida em que evita profundidade, intimidade, algum confronto, alguma possibilidade de perda. No raso, tudo é mais confortável para quem levanta a bandeira do individualismo, mas não há força na solidão, nem alegria.<br />
<br />
Outro dia eu ouvi de uma conhecida que "no final do dia, é você com você, é só o que importa". Embora eu concorde com a preservação da individualidade (diferente do individualismo) e embora eu saiba que muito do que sentimos é peculiar e único, e que somos nós que escolhemos cada traço do nosso caminho, eu precisei discordar.<br />
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Somos frutos de referências pessoais, sem dúvida, mas muito, muito mesmo, de referências familiares e sociais. Sem apoio, conforto, incentivo e atrito com quem amamos jamais poderemos enxergar coisa alguma, sequer evoluir. Ninguém piora quando carrega a intenção do bom convívio. Não é preciso gostar de todo mundo ou incluir qualquer pessoa, mas é fundamental não temer o relacionamento. É preciso deixar entrar antes de excluir pelo julgamento da possível dor.<br />
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Arthur Schopenhauer disse "a solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais". Sorte??? E vai compartilhar a excepcionalidade com quem? E será que é excepcional porque nunca ninguém mostrou que não é tanto assim...? Na solidão é muito fácil acreditar nas coisas que criamos, inclusive nas mentiras.<br />
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Acredito que certo, mesmo, estava Aristóteles ao dizer "quem encontra prazer na solidão, ou é fera selvagem ou é Deus". Nietzsche falava que detestava quem lhe roubava a solidão sem em troca lhe oferecer verdadeiramente companhia. Mesmo sendo uma grande fã dele, eu sempre me pergunto: será que ele algum dia pensou em oferecer verdadeiramente companhia ao invés de somente esperar por ela?<br />
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É, esse é um dos grandes problemas do solitário: o egoísmo.Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-8934326372762884722011-06-10T13:39:00.000-03:002011-06-10T13:39:45.458-03:00Falando de homens<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW31Ulbw2aBNlkIMfUUqZi9GxMfGluX3-FJdQ0wwHGt3zBUBmUagA883WF2GL391RaYyOKjbzgBVoQEhK19Bha9o8TF2wKsDBqIJgVfJA5Ckne4UydPE4_FKKS6nb-O-KkArXpcoiHdkmA/s1600/untitled.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW31Ulbw2aBNlkIMfUUqZi9GxMfGluX3-FJdQ0wwHGt3zBUBmUagA883WF2GL391RaYyOKjbzgBVoQEhK19Bha9o8TF2wKsDBqIJgVfJA5Ckne4UydPE4_FKKS6nb-O-KkArXpcoiHdkmA/s320/untitled.bmp" t8="true" width="320" /></a></div><br />
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Falar de homens e mulheres é coisa pra quem pode, para quem tem experiência generosa e refinada sobre a arte de relacionar-se. Dizem que o texto abaixo é da Fernanda Montenegro, de quem sou fã. Mesmo que não seja, é muito bom, vale a pena ler:<br />
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Minha amiga, se você acha que Homem dá muito trabalho, case-se com uma Mulher e aí você vai ver o que é mau humor!<br />
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O modo de vida, os novos costumes e o desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está o macho da espécie humana.<br />
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Tive apenas 1 exemplar em casa, que mantive com muito zelo e dedicação num casamento que durou 56 anos de muito amor e companheirismo, (1952-2008) mas, na verdade acredito que era ele quem também me mantinha firme no relacionamento. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha ‘Salvem os Homens!’<br />
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Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da masculinidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:<br />
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1. Habitat<br />
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Homem não pode ser mantido em cativeiro. Se for engaiolado, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que os prenda e os que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse ou a propriedade de um homem, o que vai prendê-lo a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente, com dedicação, atenção, carinho e amor.<br />
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2. Alimentação correta<br />
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Ninguém vive de vento. Homem vive de carinho, comida e bebida. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ele não receber de você vai pegar de outra. Beijos matinais e um ‘eu te amo’ no café da manhã os mantêm viçosos, felizes e realizados durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não o deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial. Portanto não se faça de dondoca preguiçosa e fresca. Homem não gosta disso. Ele precisa de companheira autêntica, forte e resolutiva.<br />
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3. Carinho<br />
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Também faz parte de seu cardápio – homem mal tratado fica vulnerável a rapidamente interessar-se na rua por quem o trata melhor. Se você quer ter a fidelidade e dedicação de um companheiro completo, trate-o muito bem, caso contrário outra o fará e você só saberá quando não houver mais volta.<br />
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4. Respeite a natureza<br />
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Você não suporta trabalho em casa? Amigos? Futebol? Pescaria? Jogos? Liberdade? Carros? Case-se com uma Mulher. Homens são folgados. Desarrumam tudo. São durões. Não gostam de telefones. Odeiam discutir a relação. Odeiam shoppings. Mercado então, nem se fala… Enfim, se quiser viver com um homem, prepare-se para isso.<br />
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5. Não anule sua origem<br />
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O homem sempre foi o macho provedor da família, portanto é típico valorizar negócios, trabalho, dinheiro, finanças, investimentos, empreendimentos. Entenda tudo isso e apóie. A maior beneficiária disso é você!<br />
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6. Cérebro masculino não é um mito<br />
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Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente não possuem! Também, 7 bilhões de neurônios a menos!). Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar amigos gays e homossexuais delicados, tente se relacionar com um homem de verdade. Alguns vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você.<br />
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Não fuja desses, aprenda com eles e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com as mulheres, a inteligência não funciona como repelente para os homens.<br />
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E por fim… Não faça sombra sobre ele… Se você quiser ser uma grande mulher tenha um grande homem ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ele brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ele estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda. Aceite: homens também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.<br />
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A mulher sábia alimenta os potenciais do parceiro e os utiliza para motivar os próprios. Ela sabe que, preservando e cultivando o seu homem, ela estará salvando a si mesma.<br />
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E minha Amiga, se Você acha que Homem dá muito trabalho, case-se com uma Mulher e aí Você vai ver o que é Mau Humor!<br />
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Só tem homem bom quem sabe fazê-lo ser bom!<br />
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Eu fiz a minha parte, por isso meu casamento foi muito bom e consegui fazer o Fernando muito feliz até o último momento de um enfisema que o levou de mim. Eu fui uma grande mulher ao lado dele, sempre.<br />
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<em>Fonte</em>: <a href="http://www.lardocelar.org/uma-mulher-inteligente-falando-dos-homens/">http://www.lardocelar.org/uma-mulher-inteligente-falando-dos-homens/</a>Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-46396643665622867282011-06-06T20:32:00.003-03:002011-06-06T22:07:41.620-03:00Praticar a verdade, de verdade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFYFV3AHcUqxqVXizlkrZH3wKHU4md-24JqcRFUFolc2I0owcONudH2yrf89xrDeYbal2migHhuSA0Z3fX7mWPC_1_5aOeEocmhBKMyLlhMkOciX4WxyFjV03b7NWnqcmqaJqO4f9kADyQ/s1600/calvin003.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFYFV3AHcUqxqVXizlkrZH3wKHU4md-24JqcRFUFolc2I0owcONudH2yrf89xrDeYbal2migHhuSA0Z3fX7mWPC_1_5aOeEocmhBKMyLlhMkOciX4WxyFjV03b7NWnqcmqaJqO4f9kADyQ/s320/calvin003.jpg" t8="true" width="228" /></a></div><br />
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Eu nunca fui uma pessoa de aceitar autoridade. Liderança, sim, pois parte do bom senso e da admiração, jamais da ditadura. Por causa disso, nunca me senti confortável com chefes ou pessoas que tentam se impor a qualquer preço. Não sigo determinações cegas, nem palavras sem lógica. Gosto de gente com conteúdo inteligente, que saiba argumentar com sabedoria. Sentimentalismos também não funcionam comigo.<br />
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A maioria das pessoas aceita certas coisas com mais facilidade. Eu não. A única coisa que aceito com facilidade é a verdade, todo o resto, se misturado a qualquer tipo de mentira, é muito difícil de engolir. Foi por causa dessa minha dificuldade que já afastei muita gente da minha vida. E muita coisa também.<br />
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Acredito que estamos vivendo uma era única na nossa sociedade e a tecnologia tem ajudado sobremaneira na mudança que pressinto ser definitiva: as pessoas comuns estão denunciando aquilo que consideram errado. E que ninguém me diga que "certo" e "errado" são subjetivos demais para serem definidos: todo mundo sabe, tem noção, do que é certo e errado.<br />
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Hoje mesmo vi pela TV as imagens de um pai chutando um filho caído no chão. O fulano vinha fazendo isso com frequência, impunimente, até que o filho mais velho tomou coragem e filmou pelo celular. Foi parar na Rede Globo. Pois é, anos de violência interrompidos por um gesto tão simples.<br />
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Até outro dia, as corrupções políticas eram denunciadas por outro político corrupto que certamente não tinha conseguido atingir um objetivo qualquer. Chantagem que ia parar na mídia, pra logo depois desaparecer, esquecida no meio de tantas outras. Agora, quem começa a denunciar é o povo, com a tal câmerazinha do celular, põe lá no "Youtubiu" pra todo mundo ver. Foi assim que a professorazinha lá do Rio Grande do Norte ganhou nome e voz, e, também, foi parar na Rede Globo. O Sarneyzão teve que voltar atrás no sumiço do impecheament do Collor na "histórica" galeria do planalto. Obra de quem? De alguém que falou.<br />
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Um amigo, religioso que só, católico do tipo que a família vai à missa todo domingo e participa das obras da igreja, veio me contar que tinha abandonado tudo aquilo. Motivo? Máfia nas relações com o dinheiro e com o poder. Ele se desiludiu, se afastou. Apesar de não ser católica, eu disse a ele que, se ele pretendia mudar alguma coisa, tinha que estar lá, presente. Foi aí que ele me disse: os corretos são mais fracos porque são poucos. Verdade. Trinta pessoas dizendo que não é bem assim, que você está exagerando e você pensa que está mesmo. E se retira.<br />
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Quem vive nesse mundo sabe que precisa lidar com politicagens. E como eu disse lá no comecinho, eu não aprendi direito essa parte. Sendo assim, eu tenho feito um esforço genuíno para lidar com essas situações em que nem os próprios envolvidos percebem que estão enganando: para a maioria desses "pequenos políticos diários", enganar é uma questão de sobrevivência. Tudo por uma pequena posição, um palco, mínimo que seja.<br />
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Até onde deveria imperar o bom mocismo há mentira. Órgãos que "ajudam" os mais pobres, ONG's sem fins lucrativos, religiões: onde há a chama do poder ilusório humano, há ganância, "jeitinhos", interesses, confabulações escusas. O que fazer, então? É possível lutar sozinho? É possível confiar que haja mais alguém inteiramente ciente do certo para formar um grupo, nem que seja de dois? Tenho fé que sim. Nossa história tem exemplos belíssimos de pessoas que ajudaram a romper a escuridão de uma era.<br />
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E não é pretensão querer ser um deles, pois todos foram também pessoas comuns com um desenho nítido na alma: eram incansáveis. Nós temos sorte, o maior caminho eles já fizeram. As maiores barbaridades já foram apresentadas ao mundo, ninguém mais tem a ilusão de que o homem é o bom selvagem de Rousseau. Ninguém mais tem vergonha de se apresentar como traído, enganado, desde que possa provar que há, em algum momento, uma justiça que não é a humana.<br />
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Foi assim que conclui a conversa que tive com uma grande amiga hoje: é preciso falar, falar para quem quiser ouvir. Não importa se muitos se fingirão de surdos. O importante é que os corretos ouçam e formem coro. Uma hora, uma casa cai. Até quem comandou um povo com algemas por décadas caiu, por que, por que não acreditar que é possível vencer comportamentos que já deixaram de ser duvidosos para estamparem que são corruptos?<br />
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Bora limpar a garganta e fazer bom uso da palavra: calar é o mesmo que concordar, ser sócio do erro.Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-55381186521597474412011-05-18T17:42:00.001-03:002011-05-18T17:53:04.998-03:00Um fim é sempre um recomeço<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSZ5NS0kKDcLSCPztWStUdJKNaCD4oAXSmg1pXlII3hOYvEY95rDbJaC8JL6j21oS1SMwFmr-5U4TZvJr_BzQkmMp_-DBc92elDatHNknPy-vw6apNOWmJxxUGC7fn3J5-3L1tL-v1Q5M7/s1600/esperanca1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSZ5NS0kKDcLSCPztWStUdJKNaCD4oAXSmg1pXlII3hOYvEY95rDbJaC8JL6j21oS1SMwFmr-5U4TZvJr_BzQkmMp_-DBc92elDatHNknPy-vw6apNOWmJxxUGC7fn3J5-3L1tL-v1Q5M7/s320/esperanca1.jpg" width="320" /></a></div><br />
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Uma amiga muito querida me procurou hoje numa tristeza que me cortou o coração. Separada há alguns dias do seu amado, ela não sabe o que fazer para superar. Eu, e todo mundo desse planeta, já passou por essa dor. Acho que é por isso que dói tanto na gente quando alguém que a gente gosta sofre dessa perda.<br />
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Logo de cara, quando acontece, a perda do amor é sempre incompreensível. Por que, como assim, tão de repente??? A gente pensa, chora e nunca entende, nunca. E vai lá falar com o outro, tentar dizer que "mas, mas..." e nada. Ver o outro irredutível é a morte, não dá, simplesmente não dá para compreender.<br />
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Não há nada que alguém diga nesse comecinho de fim que possa aliviar ou trazer esperança. Não se pode ser leviano e dizer "isso passa", nem leviano duplo e garantir que "ele voltará". Até porque, "ele voltar" nem sempre é o melhor, nem sempre será mais feliz.<br />
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Aliás, se posso dizer alguma coisa é: algo muito desconfortável para ambos já estava acontecendo. A explosão parece repentina, mas nunca é. Como tudo na vida, uma ruptura é resultado de um processo que, muitas vezes, a gente não quer ver nem acompanhar. Por isso, quando acontece, parece que nos pega de surpresa.<br />
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Mas, como quem está sofrendo é uma querida muito querida, tem outra coisa que eu faço questão de registrar: minha linda, certamente, certamente mesmo, por mais que agora pareça que não, sua vida está precisando de mudança. Não importa qual, ninguém tem nada a ver com isso. O importante é que a gente sempre sabe onde precisa sacudir e horas como essa são maravilhosas para alavancar. Aproveite, não deixe passar a chance, não adie, não lastime.<br />
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Quem não quer ficar ao nosso lado está nos dizendo que, na dupla, nós também não estávamos tão felizes assim. Ninguém é infeliz sozinho. Essa pessoa está fazendo o que talvez não teríamos coragem por pura acomodação. Passado o luto, nosso coração sempre fica mais claro, mais transparente, mais ciente do que quer, mais inteiro, e, principalmente, mais coerente. Não existe cegueira no amor. Quando estamos "cegos" pode ser por qualquer motivo, menos por amar.<br />
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Aproveite seu coração cheio de sentimento, minha linda, para dar uma resposta a sua vida: a mudança veio, vá com ela! Se há reconciliação possível, ela primeiro precisa acontecer em você.Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-78247241856504233542011-05-11T00:31:00.000-03:002011-05-11T00:31:36.239-03:00Nem tanto isso, nem tanto aquilo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXwHrX4jCHYwwC20gj_DKl_viNHwDf-fxKJ1ZDP2k9S8Dr1EToX7Xf5uCddZHzz3V3LmUVxybAD_8L1W3vPkF_NH548qZRhQmKPjycSkhos4FSFdJjfZhcVguNUtPFi62wwxu4e34eMmqF/s1600/42-20313621.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXwHrX4jCHYwwC20gj_DKl_viNHwDf-fxKJ1ZDP2k9S8Dr1EToX7Xf5uCddZHzz3V3LmUVxybAD_8L1W3vPkF_NH548qZRhQmKPjycSkhos4FSFdJjfZhcVguNUtPFi62wwxu4e34eMmqF/s320/42-20313621.jpg" width="246" /></a></div><br />
Outro dia, durante uma conversa, um amigo comentou que precisava se deixar levar mais pela emoção do que pela razão. Ele contou que, há anos, racionalizar tudo foi a maneira que ele encontrou para garantir menos sofrimento. A gente pensa mesmo assim, né? Acha que a emoção é a causadora de toda dor e a razão nos protegerá.<br />
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Essa guerra antiga entre nossos dois hemisférios cerebrais é uma falácia, na verdade. Não há nada que alivie uma dor. No máxima ela será somatizada, e, quem sabe, virando uma cistite ou pressão alta a gente consiga prestar atenção nela.<br />
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E, longe de ser também uma vilã aos olhos dos hippies da alma, a razão é uma questão de saúde emocional a quem tem a mínima intenção de compreender o que dispara uma angústia. Identificar, analiticamente, a fonte do que nos machuca pode não resolvê-la, mas traz à luz o medo que, desconhecido, é invencível.<br />
<br />
Quanto a emoção, coitada, sozinha ela é uma perdição: de energia, de tempo, de confiança. Ninguém 100% entregue só aos desatinos do coração tem direção na vida. Nem amar consegue, já que não tem inteligência pra isso. A pessoa envolve-se aqui e acolá, com seres e causas, como se todos os "escolhidos" fossem o motivo pelo qual ela vive. <br />
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Assim, concluímos que nem isso nem aquilo: desarmar o discurso bacana, recheado de argumentos ferozes, em prol de uma postura (emocional ou racional), é o primeiro passo para encontrar o resultado da verdade da vida de cada um. Não há muita regra, não. Mas é fundamental que haja equilíbrio, que haja sinceridade no olhar pra dentro, que haja coragem para assumir certas causas. Disfarçar os reais motivos das nossas fugas e usar bandeiras que nos confundem só nos distanciam daquela coisa que a gente vive dizendo que anda atrás: felicidade. Como bem disse Goethe, "a alegria não está nas coisas, está em nós".Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-51004358972990168762011-04-14T12:50:00.000-03:002011-04-14T12:50:09.044-03:00Eu não!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7DbEXbpzKEMHK53dFqHMfGiArkFugpWGuLFh6mxm7yJpIZV3YsOiZxhl__f9WvYJzQHOKXZNzrMlrBpKrfuK-cxTXqjhPxyiUvTRQexYXJ2-CPNBVQp3zjGnMaq303F6wESSwJWq5avgI/s1600/balan%25C3%25A7o1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7DbEXbpzKEMHK53dFqHMfGiArkFugpWGuLFh6mxm7yJpIZV3YsOiZxhl__f9WvYJzQHOKXZNzrMlrBpKrfuK-cxTXqjhPxyiUvTRQexYXJ2-CPNBVQp3zjGnMaq303F6wESSwJWq5avgI/s320/balan%25C3%25A7o1.jpg" width="320" /></a></div><br />
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Outro dia, um amigo que conheço há bons 15 anos, me disse pela 2ª vez: "tu devias ser psicóloga". E eu, que já tive essa vontade quando era adolescente, agradeci enormemente por ter seguido outro rumo.<br />
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Desde que me entendo por gente sou essa massa questionadora. Nunca tive resposta satisfatória para pergunta alguma, a não ser que a vida faz sentido e vale a pena sempre. Por isso é que eu disse ao meu amigo: se eu fosse psicóloga, enfermeira, médica, cientista política, filósofa ou afim, já teria enlouquecido. Seria um estímulo super-super-extra carregado para uma mente tão inquieta quanto a minha.<br />
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Eu preciso mesmo é desse trabalho gostoso, leve, que fala de beleza e auto-estima. Assim, com essa distração boa que ainda me remunera ( ;-) ), eu tiro um pouco o pé do chão, me encanto com as cores, fotos, shows e novidades do "mundinho" fashion. Mas, engana-se quem pensa que esse mundo não é sério. É sério e muito! Além disso, é um universo caro, que coloca nosso país no 3º lugar do ranking do mercado. Quem me conhece sabe que não me caberia viver sob qualquer tipo de irresponsabilidade. Eu trabalho bastante, mas trabalho feliz, pois equilibro bem meus estímulos e não carrego nada de negativo do trabalho para casa. <br />
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Portanto, querido amigo, nada de psicologia. Meus pequenos palpites sobre a vida ficam entre amigos e está bom demais ;-)<br />
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BeijosAcácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-58822818232811930052011-04-07T18:07:00.001-03:002011-04-08T10:13:58.284-03:00Viver a vida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7VWlOviVkx4_K0uSeyhLhyphenhyphenAfW9Vfnlc9IDXEKHHL1DbE9RY1934ddJPTL92UfSqfaLAHHtJeIQ9Mt7KFtN972mzGuo-dIU31KzkuElEFHFO2RCMWrUQyGGMf7aKatFr5K7fokzC7ZIBxc/s1600/foto-tirinhas-mafalda-13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7VWlOviVkx4_K0uSeyhLhyphenhyphenAfW9Vfnlc9IDXEKHHL1DbE9RY1934ddJPTL92UfSqfaLAHHtJeIQ9Mt7KFtN972mzGuo-dIU31KzkuElEFHFO2RCMWrUQyGGMf7aKatFr5K7fokzC7ZIBxc/s320/foto-tirinhas-mafalda-13.jpg" width="276" /></a></div>Há dias estou digerindo alguns acontecimentos e conversas recentes. Dentre os mais marcantes, as mortes do nosso ex vice-presidente, José de Alencar, e da bela Cibele Dorsa me fizeram prestar atenção a coisas que naturalmente jugamos saber. Fiquei me perguntando o que diferenciou tanto o final da vida de cada um dos dois: Alencar viveu até o último segundo dos seus quase 80 anos lutando para viver. Cibele não quis, apesar o vigor dos seus 36.<br />
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A conclusão a que cheguei, apesar de parecer tão óbvia, é que os únicos bens que nos mantém "vivos", com vontade de viver, são o afeto conquistado ao nosso redor e o forte propósito de construir nesse mundo uma marca pessoal de valor.<br />
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Ouvi de pessoas que conheceram José de Alencar que ele era "uma simpatia", bem humorado, firme em sua honra, justo. Sua esposa, d. Mariza, quando soube que ele estava com câncer, fez uma promessa: nunca mais usaria suas jóias (que ela adorava) para que seu marido vivesse mais. Segundo amigos do casal, era comum Alencar dizer para a esposa "deixa de bobagem, Mariza, você adora suas jóias!", mas ela foi firme. Nunca mais usou sequer um anel. Com tanto amor e cuidado assim ao redor, quem é que pode querer morrer?<br />
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Já da Cibele, pouco se sabe sobre sua vida. Mas eu fui lá no Twitter dela pra entender um pouco como ela se sentia ultimamente. Parecia uma vida muito oca, superficial, a não ser pelo sentimento que a unia ao noivo , Gilberto Scarpa, que se suicidou aos 27 anos pela mesma janela. Um relacionamento doentio: ela, frágil e imatura demais com pinta de bacana, e ele, usuário de drogas, dependente de tudo, inclusive dos aplausos furfles! de quem mesmo???<br />
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Por isso, é brega para um monte de gente mas a verdade é a seguinte: a vida só tem sentido com um forte laço de união famíliar, de amor, amizade, propósito social, dignidade. Gente, tá na hora de reconquistar ou construir essas coisas, né? Quem tem, preserve. Quem não tem, construa! Se sente fraco? Procure ajuda, please! Tá forte, bacana? Ajude. A-ju-de. Pode ser importante demais para alguém.<br />
<br />
Um beijoAcácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-81799653014395808102011-02-24T14:40:00.009-03:002011-02-24T16:23:59.827-03:00Adeuses<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXdSaHCo9b0dX0L6pRSnn0H2GhEijcOWvX6dU3vebXKFzzBfLk7eqrDrd0q-lBgnKCvhDZWasyNnq9OrwQNPujTqtNPr5DX0bfUewyYqKdzT0x-0DCGQaX3mJGJZc_vMjRj9vP5M-DA2re/s1600/adeus2.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 360px; DISPLAY: block; HEIGHT: 315px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577338674709976514" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXdSaHCo9b0dX0L6pRSnn0H2GhEijcOWvX6dU3vebXKFzzBfLk7eqrDrd0q-lBgnKCvhDZWasyNnq9OrwQNPujTqtNPr5DX0bfUewyYqKdzT0x-0DCGQaX3mJGJZc_vMjRj9vP5M-DA2re/s400/adeus2.jpg" /></a><br /><div></div><br /><div>Eu estava folheando a Veja depois do almoço quando me deparei com a matéria sobre a tragédia na serra fluminense. No depoimento de um pai que perdeu a filha de 16 anos pude sentir a dor: "minha filha fazia tudo para mim, cortava meu cabelo, fazia minha barba. Acho que ela não tinha ideia do quanto eu a amava".<br /><br />Lembrei de uma amiga que ontem me contava sobre o fim de um relacionamento de 7 anos. Chorando, ela disse: "a gente se amava tanto, tanto! Como é que terminou assim?", e eu, pra não chocá-la num momento de tanta mágoa, só consegui responder "dê tempo ao tempo".<br /><br />Perdas tão distintas como essas, de amores e prazos tão diferentes, machucam pela ausência do outro, sim, mas também pela culpa de não ter feito e dito, não ter tentado, por ter adiado, por ter se ferido com o orgulho de que as relações são imperecíveis.<br /><br />O pai em luto jamais esquecerá sua dor. Entretanto, quando sua angústia for anestesiada pela sobrevivência, seu olhar sobre os outros filhos terá uma nova necessidade: a de provar o amor e experimentá-lo no cotidiano, com menos pressa e mais paciência. Apreciar a convivência com quem tem importância ganhará outro significado.<br /><br />Já para minha amiga, depois da separação, um sopro de calor no coração: amará novamente, amará melhor e será melhor amada. O fim de um amor é sofrido, todo mundo sabe, todo mundo já experimentou. Mas, o desejo de viver de verdade e feliz, e de fazer o outro feliz, pode gerar o bom aprendizado da alma, a sabedoria da paz, o clarão do propósito - aquele que vai facilitando e limpando o caminho -, pois, como disse Lya Luft, "viver deveria ser - até o último pensamento e derradeiro olhar - transformar-se".<br /></div>Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-59047429482226243652011-02-21T13:18:00.007-03:002011-02-21T21:56:36.100-03:00Uma escolha no meio do caminho<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFE4XuiUftKXf0fVH_Mh3g5TsKhc_g3L52m3RcKVD13Z4LkgAJG2jURDRIceiWbdLRSV1S5d3KntFoFKXQRPxPsDdINHk_xQqXRJNTHSR0YuFJLNSJdMfSCQFhUz_6kz1k5pe7huYHNglC/s1600/pedras-no-caminho%255B1%255D%255B4%255D.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 266px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5576194971978828018" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFE4XuiUftKXf0fVH_Mh3g5TsKhc_g3L52m3RcKVD13Z4LkgAJG2jURDRIceiWbdLRSV1S5d3KntFoFKXQRPxPsDdINHk_xQqXRJNTHSR0YuFJLNSJdMfSCQFhUz_6kz1k5pe7huYHNglC/s400/pedras-no-caminho%255B1%255D%255B4%255D.jpg" /></a><br /><div></div><br /><div>Outro dia, andando pela rua, eu ouvi: "a paz não tem preço", e eu pensei: tem, sim, e é bem caro. A gente sempre pensa que os sentimentos da alma são fruto do além, da casualidade temperamental da força divina. Poucos de nós lembra que a relação entre o sentimento e o ambiente está intrisicamente ligada à responsabilidade de cada um de nós em alimentar a tranquilidade ou o desespero.<br /><br />É comum lamentar uma situação e esquecer completamente a raiz do sofrimento. Se olharmos em retrospectiva e com bom senso, fatalmente enxergaremos o motivo numa má escolha, na preguiça em corrigir um rumo ou na permissividade.<br /><br />Ainda ontem, alguns amigos comentavam sobre a relação com os filhos e em como estar presente, observando e educando de fato é trabalhoso e árduo, mas que é a única garantia de não lamentar no futuro. Quem delega a educação dos filhos à escola e à sociedade está se esquivando e sentenciando a família a sofrer severos danos no futuro. Da mesma forma, delegar o que quer que seja (nosso tempo, nosso bem estar, nossa alegria, segurança, etc) é presságio de vida infeliz.<br /><br />Sentir-se em paz, viver em paz, dormir em paz: tudo isso é fruto do cuidado nas escolhas, do olhar atento na consequência de cada gesto e do esforço em aproveitar a verdade. "Muitas das circunstâncias da vida são criadas por três escolhas básicas: as disciplinas que você decide manter, as pessoas com quem você decide estar, e as leis que você decide obedecer" (Charles Millhuff).<br /><br />O destino não é uma questão de sorte. Destino é fruto de escolha certa, ou pelo menos consciente. Quando se sabe o que faz, ou deseja saber, a vida entra no eixo que planejamos e não mais no acaso (que de acaso não tem nada). Como já dizia Eleanor Roosevelt, "a longo prazo, moldamos nossas vidas e moldamos a nós mesmos. O processo nunca termina até que morramos. E, as escolhas que fizemos são, no final das contas, nossa própria responsabilidade."<br /><br />Desde gastar ou economizar, acordar cedo ou não, trabalhar ou depender de alguém, cuidar da alimentação, olhar a lição do filho, até decidir quem o acompanhará pela vida a fora, saiba que cada resultado será fruto da sua decisão. Aproveitando as frases já ditas por gente que sabia das coisas, há uma expressão budista que diz: "a destruição leva apenas um instante. A construção requer exaustivos esforços".</div><div></div><br /><div>Mas, não se engane, nem tenha preguiça. O resultado de quem é empenhado em ser feliz é um só: a felicidade e a tal paz de espírito. Não deixe para amanhã, não. Nem para segunda-feira, nem para o começo do ano que vem. A coragem para essas decisões aparentemente miúdas são como folhas de papel colocadas uma sobre a outra diariamente: a princípio, a gente não enxerga o acúmulo, mas, depois de um tempo, é visível a resma sobre a mesa.</div>Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-76346484515823596122011-02-11T19:55:00.004-02:002011-02-11T20:29:53.041-02:00Qual é a sua idade?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigJZ1Y580pLwyxNRlRoR45DlkuFnaNTgZtpZXf2wvP-XbS-R4Q87mBjuLT2opx1AsHh3L0_arlkZQWINFVTydecOPKYsmyvW1b5DqqZHRshJW_T66dgVUyYhYpwAN1bQYxxXuW01rqns7N/s1600/CorpoVelho-MenteJovem.png"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 303px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5572562173527243154" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigJZ1Y580pLwyxNRlRoR45DlkuFnaNTgZtpZXf2wvP-XbS-R4Q87mBjuLT2opx1AsHh3L0_arlkZQWINFVTydecOPKYsmyvW1b5DqqZHRshJW_T66dgVUyYhYpwAN1bQYxxXuW01rqns7N/s400/CorpoVelho-MenteJovem.png" /></a> <div></div><div>Existe um tempo para cada coisa na vida. Ouvir isso quando criança é muito frustrante e continua sendo quando a gente cresce. Não queremos saber de esperar ou de desapegar: queremos tudo exatamente no momento em que, no auge do mimo, batemos o pé para conseguir. Mas assim como pai e mãe sabem a melhor hora para o filho dormir, comer ou estudar, a vida continua fazendo esse papel conosco até que, enfim, a gente aprenda a tomar conta de si.<br /><br />Enquanto muitos envelhecem (e essa é a palavra mesmo, pois apenas somam anos à vida), muito poucos amadurecem e aí está a grande diferença entre resignar-se e compreender. Compreender é verbo de adulto. Durante o dia nos relacionamos com crianças de 35, adolescentes de 40, meninas e meninos de cabelos brancos e tempo suficiente vivido para ter aprendido a mudar a vida, evoluir.</div><div></div><br /><div>Enquanto isso, me impressiono com os filhos dessa leva de peters pan e cinderelas: jovens de 16, 20 anos obrigados a crescer pela incapacidade dos pais em amadurecer. É uma geração que, talvez, no futuro queira arriscar, brincar e sentir mais prazer. Talvez consigam quando seus filhos estiverem crescidos. Talvez não, talvez já estejam por demais engessados para liberar alguma leveza.</div><br /><div></div><div>O fato é que é lamentável ver pseudo-crescidos comportando-se como se não houvesse amanhã. O desespero em não adultecer transforma mulheres e homens em travestis de pessoas, aquela coisa caricata que finge ser o que não é. Essas pessoas consomem desvairadamente, fumam, bebem, são carentes ao extremo de serem promíscuas. A ala feminina faz filho ou fica doente. A masculina faz filho, não dá conta e nem quer.</div><div></div><br /><div>O resultado é esse mundo esquisito e sem valor que vem assustando gente do bem. A notícia boa é que gente do bem é teimosa e geralmente não desiste de fazer o trabalho de formiguinha que demora a surtir efeito. Mas que um dia há de dar. Há de dar.</div><div> </div>Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-45776063069131132862010-12-20T17:59:00.009-02:002010-12-20T18:51:41.512-02:00Primeiro o que importa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUfPOu9s8Yf7x30iab_FQnG1E5rtD6oMSOJEN9mzyYb9FC4QN9oPPXJqn-TAzfVu0HOx1HQotc4Yn6v2NSWTQsXhp7ubmOxqtPGhkwFsmMTiGrnJ2GSMuQnfpBHxVMjGL6Upp_WojksLbV/s1600/eu-me-amo1.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 266px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5552867199464695074" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUfPOu9s8Yf7x30iab_FQnG1E5rtD6oMSOJEN9mzyYb9FC4QN9oPPXJqn-TAzfVu0HOx1HQotc4Yn6v2NSWTQsXhp7ubmOxqtPGhkwFsmMTiGrnJ2GSMuQnfpBHxVMjGL6Upp_WojksLbV/s400/eu-me-amo1.jpg" /></a><br /><div>Eu conversava com a namorada de um amigo, durante um jantar, quando ela me disse que tinha parado de comer queijo. "É mesmo?", perguntei, completando que adorava queijo. Ela respondeu que adorava também, até descobrir que era o queijo que lhe causava tanta dor de cabeça. Não foi só a médica que disse, não. Ela foi lá experimentar: ficou um tempo sem queijo, voltou a comer e as dores voltaram.</div><div></div><br /><div>Até aí, tudo bem comum: tem muita gente que não pode comer ou beber isso e/ou aquilo. O bacana foi o que veio depois. Ela disse: "achei que fosse sentir falta do queijo porque eu era adorava! Mas, me fazia tão mal que deixei de gostar". Parece óbvio deixar de gostar ou não gostar de algo que nos faz mal, não é? Mas, não é bem assim.</div><div></div><br /><div>Normalmente, o que se vê é o sofrimento que acompanha algo que se gosta muito e não se quer ficar sem, mesmo trazendo prejuízos. Me pergunto sempre: como é que alguém pode manter algo que lhe faz mal? É o caso do alcóolico, do viciado em drogas, do fumante, do compulsivo, do que ama sem ser devidamente correspondido.</div><div></div><br /><div>Acredito que atrás de todos esses comportamentos e vícios "difíceis" de serem largados está a tal da baixa auto-estima. É a única explicação para colocar acima da própria saúde e bem-estar qualquer coisa que piore a vida.</div><div></div><br /><div>Eu comentei com a minha companheira de papo que junto a esse desapego do queijo (tão superficial a olhos nus) alguma mudança na felicidade dela ocorrera. Quem é capaz de abrir mão de algo prejudicial a si faz uma escolha séria pela qualidade. E essa escolha certamente se vê refletida nas demais escolhas da vida dela. Isso é compromisso com a felicidade. Mesmo.</div>Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-60371217962295332152010-12-07T21:59:00.006-02:002010-12-07T23:10:21.845-02:00Nobre labutar<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi39pV2bt5xJUkIPH9HMnj5TIWYfksz5knbkNIMUIDVA5Ao8Kr4NP0bgRnGe84-8HpD9o6v6l8mu_7fp40d7kduOKKokXS6-_SW4-LI5cbOc6DqXrqrp8f3KmPcaHcR_0DzjbrPMsJrGfi9/s1600/abelha-trabalhando-feliz.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 370px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5548107388618879362" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi39pV2bt5xJUkIPH9HMnj5TIWYfksz5knbkNIMUIDVA5Ao8Kr4NP0bgRnGe84-8HpD9o6v6l8mu_7fp40d7kduOKKokXS6-_SW4-LI5cbOc6DqXrqrp8f3KmPcaHcR_0DzjbrPMsJrGfi9/s400/abelha-trabalhando-feliz.jpg" /></a><br />"Não é sensato achar que um dia tudo dará certo". Essa frase de Daisaku Ikeda - humanista, escritor e líder budista que este ano se tornou a pessoa com o maior nº de títulos de honoris causa em toda a história (até o fechamento desta, são 300) - não tem nada de pessimista. Antes, ela nos tira do comodismo que nos faz apenas esperar por dias melhores e nos provoca a "fazer" dar certo, com todas as iniciativas, criatividade, sabedoria, coragem e bom senso que todo sucesso guarda.<br /><br />Como toda típica ocidental, vítima da colonização judaico-cristã, cresci acreditando que era "normal" esperar que tudo desse certo. Foi preciso um longo caminho, décadas de insatisfação para que eu enfim compreendesse que a vida de verdade é para os que constroem aquilo que desejam, independentemente de qualquer circunstância ou de quantas vezes precisem recomeçar.<br /><br />A vida, sim, é um espelho mental, uma reprodução daquilo que somos, daquilo que acreditamos, daquilo que sentimos. Eu própria poderia me considerar piegas se ouvisse isso de outra pessoa que não eu. Sou taurina, terrena, empírica, talhada em realizações palpáveis. Nada que seja apenas verbal me convence, me domina ou me comove. É preciso o gesto para que eu me entregue, para que eu acredite e levante a bandeira. Por isso, entendo e aceito quando digo que a vida é um espelho mental: eu vivencio isso a cada instante dos meus dias.<br /><br />É verdade que a responsabilidade um dia me cansou e eu tirei férias dessa função. Mas, até isso teve seu propósito e fazia parte do processo. Hoje, entretanto, não é possível mais afastar-me das rédeas: não estou mais só e a responsabilidade dobrou e dividiu-se. Nesse nível não há mais cansaço, nem preguiça. É como comer e dormir, com a diferença que não basta o miojo nem o colchão no chão: as conquistas exigem pratos mais elaborados e noitadas mais confortáveis.<br /><br />Ilude-se quem vive "deixando a vida levar". Na verdade, essa pessoa não vive, empurra, infeliz que só. Quem vive, realiza. Muda, refaz, levanta, chora e se alegra. Vitória não é nada além de vencer uma coisa chamada tendência da vida. E isso, cada um é que sabe qual é a sua. Isso nos torna solitários? Não. Como eu disse outro dia, não há vitória solitária, nem vitória na solidão. Coisas que a gente aprende com o tempo. Coisas que fazem da vida um lugar menos escuro e mais útil.<br /><br />A vida passa e acaba. Sendo assim, é melhor escolher o destino e aproveitar a viagem do que ficar a mercê do maquinista que nem existe. Não é?Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6116604730702855929.post-66822659223759247122010-11-22T19:25:00.010-02:002010-11-23T09:27:16.635-02:00Paul, moço bonito<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS_6-Yr5nrpL06KojFQ4sGwfmI1veDKP9FFlS6UEnFviP4GN2WuQmCfgqJUsugR6Q-8urSVtxYZ1hfcRIxCDl56LiKh7AZT2irmloaueHZi8Pj3Q133IY9W-GGYgi9nd3tAzFtAYXPzspZ/s1600/paul2.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 404px; DISPLAY: block; HEIGHT: 267px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5542519337651656114" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS_6-Yr5nrpL06KojFQ4sGwfmI1veDKP9FFlS6UEnFviP4GN2WuQmCfgqJUsugR6Q-8urSVtxYZ1hfcRIxCDl56LiKh7AZT2irmloaueHZi8Pj3Q133IY9W-GGYgi9nd3tAzFtAYXPzspZ/s400/paul2.jpg" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYwCgHq5_Y2tjUeoh8DwTAIUTkCAU0StE-qcuXTI4Po2iNpicWEi7KayzXXBC2YQjea_9yTtIueNa5_qVgNNZ5UJpM-4G5RXWIxOZKazwrAKSvLtEn8KVfycT0fbuWI5OppIh70lgkcYni/s1600/beatles.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5542519326005311122" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYwCgHq5_Y2tjUeoh8DwTAIUTkCAU0StE-qcuXTI4Po2iNpicWEi7KayzXXBC2YQjea_9yTtIueNa5_qVgNNZ5UJpM-4G5RXWIxOZKazwrAKSvLtEn8KVfycT0fbuWI5OppIh70lgkcYni/s400/beatles.jpg" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAVXTE_nehO4w9sxqzOCNXApn-CPzFrfe46CaMTe7mv-XeD9CKDLURJIJbfxrB41B6GJQj_PNlNKuZw4PdbDoqQMqZhidz6zaHn2lRJjFsl_Q_rM5upbeTNyoXe_MQ_XFI9NQfnvN9risZ/s1600/paul-mccartney-linda-mccartney.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 318px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5542519323702290242" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAVXTE_nehO4w9sxqzOCNXApn-CPzFrfe46CaMTe7mv-XeD9CKDLURJIJbfxrB41B6GJQj_PNlNKuZw4PdbDoqQMqZhidz6zaHn2lRJjFsl_Q_rM5upbeTNyoXe_MQ_XFI9NQfnvN9risZ/s400/paul-mccartney-linda-mccartney.jpg" /></a><br /><div><div>Do show de 1993, eu lembrava de um Paul simpático, bem humorado e, claro, dono de uma musicalidade impecável. Ontem, talvez porque eu própria estivesse mais emocionada e feliz, eu conheci um Paul doce, romântico, como se naquele estádio com mais 64 mil pessoas, ele estivesse na sala de casa, tocando e cantando entre amigos.<br /><br />Paul foi pontual, entrou no palco às 9 e meia. Ele foi o espetáculo por 3 horas ininterruptas: não parou um minuto, nem sob a desculpa de trocar de roupa ou beber água. Foram 3 horas leves e alegres que passaram como minutos. Nenhum efeito pirotécnico para desviar a atenção (a única exceção foram os parcos fogos em "Live and Let Die): o show era o Paul e sua fantástica banda (com louros à parte para o baterista Abe Laboriel Jr.).<br /><br />Aos 68 anos, Paul tem a disposição e encantamento com todo o profissionalismo do mundo. Paul nasceu para a música e para o público. Em alguns momentos, eu tive a nítida impressão de estar vendo o mesmo jovem dos anos 60, com o mesmo sorriso maroto e brincalhão, ora barbudo, ora de cara limpa. Paul tem vida, charme, elegância, juventude.<br /><br />O show começou com "Venus and Mars / Rock Show", "Jet", e levantou de vez os fãs com "All My Loving". Ver cenas dos Beatles ao fundo foi lindo, lindo, lindo. O tempo não passa para algumas coisas. Para ouvir a música dos Beatles, o tempo se recolhe, com todo respeito.<br /><br />"Letting Go", "Drive My Car", "Highway", "Let Me Roll It / Foxy Lady (cover de Jimi Hendrix)" e, então, "The Long and Winding Road". Quase chorei. Batia um vento morno, a lua tava cheia, alta, gigante. Era a perfeição disfarçada de noite, sob a cumplicidade de dezenas de milhares de corações emocionados. "Nineteen Hundred and Eighty-Five", "Let 'Em In", e gente gritando baixinho (é possível?): olha a água, cerveja, refrigerante...<br /><br />Veio a declaração de amor em português "essa música eu escrevi para a minha gatinha Linda, mas hoje ela é para todos os namorados": "My Love" <a href="http://www.youtube.com/watch?v=eKuFyHwG188&feature=fvwk">http://www.youtube.com/watch?v=eKuFyHwG188&feature=fvwk</a> . O amor é lindo mesmo.<br /><br />"I've Just Seen A Face", "And I Love Her", "Blackbird" (lindíssima), "Here Today", "Dance Tonight", "Mrs Vandebilt", "Eleanor Rigby", e outra declaração de amor: "Something", dedicada a George, suave e arteira no começo, maravilhosa e intensa depois. Linda, linda. Lembrei do dia em que, ouvindo o DVD no carro, eu cantei com Paul "I don't know, I don't know!"<br /><br />"Sing the Changes", "Band on the Run", "Ob-La-Di, Ob-La-Da", "Back in the U.S.S.R.", "I've Got a Feeling", "Paperback Writer". "A Day in the Life/Give Peace a Chance", lembrando John. Foi lindo aquele mundaréu de bexigas brancas subindo ao céu. Tenho certeza de que, por mais acostumado que Paul esteja com tietagem e demonstrações homéricas de afeto, aquela cena o encantou. O céu e a terra estavam lotados de beleza e balões.<br /><br />Quando Paul foi ao piano eu gritei "Hey Jude", "Hey Jude"!!! Mas Paul quis mesmo foi "Let It Be". Ô coisa linda! <a href="http://www.youtube.com/watch?v=j9SgDoypXcI">http://www.youtube.com/watch?v=j9SgDoypXcI</a><br /><br />Com "Live and Let Die", a explosão. A música é forte, eu sei, mas ontem ela foi matadora. Não dava para não arrepiar. Foi aí que os únicos fogos da noite subiram aos céus. Tenho minhas dúvidas de que foram programados. Pra mim, aquilo foi o coração do público em pleno delírio.<br /><br />Enfim "Hey Jude"! Gritei, era demais ouvir minha música preferida ali, ao vivo, cantada por ele mesmo, o PRÓPRIO: "Take a sad song and make it better... Remember, to let her into your heart, then you can start, to make it better" <a href="http://www.youtube.com/watch?v=BDbHBuqJsTs">http://www.youtube.com/watch?v=BDbHBuqJsTs</a> . Foi de chorar de tanto que o coração se alegrou. </div><div>.</div><div></div><div></div><div>E, ainda, me comoveu ver o moço da água repousar a caixa pesada na escada pra escutar a música. Prestei atenção nele porque aquilo foi uma das cenas mais bonitas da noite: parecia que ele, enfim, soube "o quê" estava diante dele. Lá pelas tantas, ele tirou o celular do bolso e bateu uma foto. Aquela música, sendo cantada por mais de 60 mil pessoas, tinha que ser boa. E era. O coração daquele moço tão simples também foi tocado por Paul.</div><div></div><br /><div>Depois, quando Paul se despediu, todo mundo sabia que ele voltaria. Claro que voltaria! Até o moço da água sabia e ficou lá esperando, bem ali do meu lado. Quando Paul voltou naquela camisa branca e suspensórios, o povo honrou o respeito: cantou, mais uma vez, junto com ele "Day Tripper", "Lady Madonna" e "Get Back". Get back, Paul, always!!!<br /><br />Bem que ele tentou ir embora de novo, mas o povo tava irredutível: não, sir, trate de voltar! "Yesterday" levou os fãs às lágrimas, mesmo! <a href="http://www.youtube.com/watch?v=pGQgd2PT4mw">http://www.youtube.com/watch?v=pGQgd2PT4mw</a> . Será que foi a mistura de letra intensa, daquelas que te deixam nu, com a melhor melodia, dancinha de recém-namorado? Pode ser. Foi um dos melhores momentos da noite. O moço da água também parecia concordar.</div><div><br />"Helter Skelter", poderosíssima e "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band/The End" para, enfim, encerrar. Depois de ver Paul carregando nossa bandeira, não dava vontade de deixá-lo ir. Mas, era quase 1h da manhã, ele precisava descansar um pouco para o show de segunda-feira. Não sejamos tão egoístas assim. Paul escorregou no palco enquanto corria, feliz e descontraído da vida. Foi logo levantando e dizendo "tá tudo bem, tudo bem". Depois de tudo que ele nos ofereceu, meu maior desejo era que o show dele não fosse lembrado por aquele escorregão, brasileiro adora falar dessas bobagens. Poxa!</div><div></div><br /><div>Saindo do estádio, uma chuva de papéis picados dava a impressão de que alguém tinha espalhado purpurina no ar. Era uma nuvem verde e amarela descendo pra dar boa noite, durma bem Paul, seja sempre muito bem vindo.</div><br /><div></div><div><em>Para se emocionar, leia</em> <a href="http://champ-chronicles.blogspot.com/2010/11/two-of-us.html">http://champ-chronicles.blogspot.com/2010/11/two-of-us.html</a> </div></div></div></div>Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com0